Delta, de Cavendish, leva seu atestado de óbito
Foto: Edição/247
MINISTRO-CHEFE DA CGU, JORGE HAGE ASSINOU ATO QUE DECLARA A EMPRESA DE FERNANDO CAVENDISH COMO INIDÔNEA POR PAGAMENTO DE PROPINA A SERVIDORES DO DNIT POR OBRA NO CEARÁ; A EMPREITEIRA ENVOLVIDA NO CASO CACHOEIRA FICA IMPEDIDA DE PARTICIPAR DE LICITAÇÕES E DE ASSINAR NOVOS CONTRATOS COM O GOVERNO; OBRAS EM ANDAMENTO FICAM SUJEITAS A ANÁLISE
12 de Junho de 2012 às 17:52
Depois de muito sangrar, a empreiteira Delta receberá nesta quarta-feira 13, enfim, a notícia de que não pode fechar novos contratos com o governo. A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu nesta terça-feira 12 declarar a inidoneidade da construtora de Fernando Cavendish, envolvida no esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira. A decisão, contudo, não diz respeito ao caso Cachoeira, mas a processo administrativo aberto pela CGU com base nas investigação da Operação Mão Dupla, executada pela Polícia Federal em 2010.
A operação apontou irregularidades na execução de obras rodoviárias no Ceará. De acordo com o inquérito, a Delta pagou propina, entre 2008 e 2010, a cinco servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para burlar a fiscalização sobre o contrato. O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, já assinou o ato que declara a inidoneidade, que será publicado no Diário Oficial da União de quarta-feira.
Assim que o ato for publicado, a Delta estará impedida de participar de licitações ou assinar novos contratos com o governo. A CGU explica que os contratos em andamentos ficarão sujeitos a análise, caso a caso, pelos órgãos que celebraram os contratos com a empresa. A decisão da CGU foi embasada por estudo da Corregedoria-Geral da União, órgão da CGU.