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Imprensa silencia denúncia contra Gilmar

Não se pode falar no Mino. Por Paulo Henrique Amorim.

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Mino é D Hélder.
E Gilmar, sonegador ?

No Conversa Afiada.

O ansioso blogueiro procurou, procurou, procurou e não achou no PiG (*), ao longo do fim de semana e nesta segunda-feira chuvosa, qualquer menção à gravíssima denúncia do Leandro Fortes, na Carta Capital: “Sócio acusa Gilmar de desvio e de sonegação fiscal. Onde Gilmar arrumou R$ 8 milhões ?”.

Enquanto isso, o pai da ideia, o Farol De Alexandria continua a jantar em restaurantes “franceses” de Higienópolis.

Numa nice.

Por dentro, deve morrer de rir do mundo fora de Higienópolis.

E nenhum dos dois – o Criador e a Criatura – se submete ao exame da “sociedade”.

A “sociedade” que, segundo Britto e Fux, teria exigido o imediato julgamento do mensalão –porque o mensalão tucano, esse a “sociedade” não pretende examinar.

Imagine, amigo navegante, se a revista Veja, o detrito sólido de maré baixa, tivesse “descoberto” que o Ministro Rikoski teve um empreendimento comercial; que o sócio o acusa de atacar o caixa e não pagar imposto de Renda; e, ainda por cima, Rikoski levantou assim, numa boa, R$ 8 milhões para “abafar o caso” na Justiça, com a ajuda do advogado Tercio Cuecas.

Imagine, amigo navegante!

De fazer o Demóstenes corar !

O PiG, desde sexta-feira, estaria na garganta do Presidente do Supremo, com a faca afiada.

O Catão dos Pinhais, na resenha semanal do PiG (*), estaria da tribuna do Senado a exigir a demissão do Rikoski, nomeado por Lula.

O PiG (*) reproduziria a denúncia do Catão dos Pinhais.

Numa “notinha” da Ilustrada, soprada por um médico do Sírio, a Folha (**) saberia que a tataravó do Rikoski, numa feira no interior da Polônia, vendeu uma duzia de beterrabas com onze beterrabas.

O “Merval Global e o Melhor do Carnaval”, diria o Boni, agora um especialista em História Americana, na versão da Columbia, diria categoricamente: Rikoski é o nosso Abe Fortas e será crucificado no Kojac (financiado pela Caixa, nos bons tempos em que Roberto Marinho dividia a Presidência da República com o Presidente).

A Eliane Catanhêde, finalmente, entrevistaria o Nelson Johnbin, que diria que, sim, de fato, o Rikoski pediu para pedir ao Britto para não julgar o mensalão – o tucano e o do PT.

Seria um Deus nos Acuda.

A Sociedade bradaria de pé: Restaure-se a Moralidade !

Onde já se viu?

Atacar o caixa da companhia e não pagar Imposto de Renda !

Mas, não !

O Farol e seus diletos filhotes, de DNA comprovado – o Cerra, o Gilmar e o Dantas – são intocáveis.

Diz o amigo navegante:

Mino Carta e a Carta Capital são palavras proibidas no PiG (*).

Não se pode falar dele nem bem nem mal.

Como o regime militar – que o PiG (*) apoiou e no qual se locupletou – fazia com D Helder.

Não se pode falar no Mino.

Nem bem nem mal.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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