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Hoje o Cafezinho começa analisando a última pesquisa Ibope para as eleições em São Paulo.
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Serra mantém rejeição de 35% em São Paulo
A pesquisa Ibope, como todas desse tipo, podem ser interpretada com muita liberdade, a depender de quem o faz. Os jornalões deram muito destaque a posicionamento de José Serra em primeiro lugar, com 31%. Mas um analista mais crítico deve ressaltar que a rejeição de Serra bateu em 35%.
Entretanto, o mais impressionante mesmo é a rejeição de 53% à Serra junto aos mais pobres, que ganham menos de 1 salário. É uma rejeição, diria, quase épica. Note-se ainda a rejeição de 38% à Netinho, concentrada sobretudo entre as famílias com renda superior a 5 salários, onde 56% não votariam nele de “jeito manera”, se me permitem usar uma gíria antiga.
Repare ainda que apenas 11% responderam não saber. Ou seja, o povo ainda tem muitas dúvidas em quem vai votar, mas em se tratando de saber em quem NÃO vai votar, ele é bem assertivo.
Vejamos mais tabelas. Esta abaixo, por exemplo, mostra o grau de interesse nas eleições. Ela explica em boa parte a pouca expressividade de um candidato forte como Haddad, que contará com apoio de Lula e Dilma. Segundo a pesquisa, 48% dos entrevistados afirmaram ter pouco ou nenhum interesse nas eleições, mas este número cresce para 54% entre os que ganham até 1 salário, e 55% para os que ganham de 1 a 2 salários, com destaque para o item “Nenhum interesse”, selecionado por 37% entre os primeiros e 36% entre os segundos.
Na tabela abaixo, temos os dados da pesquisa espontânea, onde não são apresentados nomes aos entrevistados. Eles dizem espontaneamente em que votarão. Não traz muitas novidades. Destaco apenas que 59% disseram não saber, e 11% responderam que votarão nulo ou branco. Ou seja, há um espaço enorme aí para qualquer candidato crescer.
Na tabela baixo, que é a mais importante em termos de pesquisa eleitoral, Serra aparece na liderança absoluta, com 31% das intenções de voto. É um candidato forte, é mesmo o favorito nestas eleições. Seu eleitorado está concentrado nas classes mais abastadas. Entre as famílias que ganham até 1 salário, Serra tem menos de 17%.
Outra tabela importante para avaliar as eleições, é a que mede a popularidade do atual prefeito, que apoiará Serra. Kassab é desaprovado por 58% dos paulistanos. Sua desaprovação ocorre em todas as classes, mas vai crescendo conforme baixa a renda. Entre os que ganham até 2 salários, 61% disseram desaprová-lo.
A avaliação qualitativa da popularidade, por faixa de renda, para as autoridades nas três hierarquias do executivo, está nas três tabelas abaixo. Observe que 3% dos entrevistados consideram a administração do prefeito Gilberto Kassab “ótima”; 6% acham o mesmo do governo Alckmin; e 17% aplicaram o adjetivo ao governo Dilma. Isso demonstra que a presidente será um cabo eleitoral mais importante do que o governador.
Na outra ponta, 25% das pessoas disseram que o governo Kassab é “péssimo”; 8% disseram o mesmo do governo Alckmin; e só 4% deram esta nota para Dilma.
O Ibope informou que foram realizadas 805 entrevistas pessoais, e a margem de erro é 3%.
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