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A manchete do Estadão desta quarta-feira é uma proeza da estética urubu. O Banco Central divulgou ontem à tarde que uma nota com dados sobre as entradas e saídas de recursos em 2011. Nela, constava que os investimento estrangeiro direto (que só contabiliza recursos destinados à produção, excluindo assim o dinheiro especulativo) no Brasil havia atingido us$ 66,7 bilhões, um valor 48% superior aos US$ 45 bilhões que o governo previa no início do ano.
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Na verdade, já havia estimativas no mercado que o investimento estrangeiro produtivo iria bater recorde este ano. Ele compensa, de sobra, o pequeno recuo nos investimentos públicos, embora nenhum comentarista econômico tenha jamais mencionado esse argumento.
Não deixa de ser engraçado o esforço do Estadão em esvaziar o valor positivo da notícia, associando, na mesma manchete, o déficit nas contas correntes.
Pior, o Estadão, assim como toda a mídia, tem enfatizado que temos o maior déficit em conta corrente desde 1947. Isso é uma estupidez. Em 1947, os valores eram outros. No miolo da matéria, o jornal cita uma informação do BC que deveria servir para o jornal esquecer, de uma ver por todas, essa comparação idiota com 1947:
Apesar de o rombo em dólares ser novo recorde, o resultado em relação ao PIB segue no nível histórico próximo de 2%, diz o BC. No ano passado, o déficit equivaleu a 2,12% do tamanho da economia, menos que os 2,21% de um ano antes.
Ou seja, o “rombo” nas contas externas caiu em 2011, e ele é vinculado ao tamanho do país. Quanto maior (inclusive em termos de população), maior a demanda por serviços internacionais. Em 1947, tínhamos uma população inferior a 50 milhões, com um percentual de classe média ainda menor. Hoje temos 200 milhões, com uma classe média de mais da metade da população. É claro que os gastos em viagens internacionais serão maiores e, portanto, haverá maior déficit em conta corrente, ora bolas!
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