A aliança entre Kassab e PT nas eleições paulistanas é cada vez uma realidade mais próxima. As lideranças estaduais petistas agora a defendem, inclusive seu presidente, Edinho Silva.
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Confira a reportagem da Folha:
Kassab procura Haddad e aumenta assédio a petistas
Prefeito conversa com ministro e oferece apoio de evangélicos à campanha
Tese de acordo com o PSD divide o PT; secretário de Educação, Alexandre Schneider é sugerido como vice
BERNARDO MELLO FRANCO, DE SÃO PAULO
Depois de propor uma aliança ao ex-presidente Lula na eleição municipal de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) lançou uma ofensiva para tentar dobrar as resistências do PT ao acordo e atrair o pré-candidato do partido, Fernando Haddad.
Nos últimos dias, ele ligou para o ministro e para vereadores e deputados petistas em busca de apoio à ideia. Prometeu negociar a adesão de outras siglas e de igrejas evangélicas e sugeriu seu secretário de Educação, Alexandre Schneider (PSD), como candidato a vice-prefeito.
A tese da aliança divide o PT, mas ganhou o apoio do Diretório Estadual e de parte das bancadas na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa. Petistas procurados por Kassab passaram a defender abertamente o acordo.
“Nosso diálogo com Kassab não é artificial, irreal ou fora de contexto. O PT não pode mais ser um partido sectário”, afirma o vereador Francisco Chagas, que conversou anteontem com o prefeito.
“O PSD integra a base do governo Dilma e já apoia o PT em outros Estados e municípios paulistas”, argumenta.
O deputado estadual João Antonio, ex-aliado da senadora Marta Suplicy que também foi procurado por Kassab, diz que a proposta de aliança deve ser discutida “sem preconceitos” no PT.
“O importante para nós é eleger o Haddad. As alianças têm que ser negociadas com este objetivo”, afirma.
O presidente estadual do PT, Edinho Silva, é visto como um dos principais defensores da aliança com o PSD. A resistência à negociação é maior no Diretório Municipal e na Câmara, onde os petistas fazem oposição ao prefeito desde que ele sucedeu José Serra (PSDB), em 2006.
Haddad conversou com Kassab na quinta-feira. Nos relatos que fez a aliados, o ministro evitou expressar opinião sobre a proposta.
Até o carnaval, o PT deve promover uma série de consultas a dirigentes locais para medir a aceitação da aliança com o PSD. O líder do partido na Câmara, Italo Cardoso, quer reunir os vereadores no dia 1º para discutir o tema.
“Mas a decisão será tomada em Brasília ou em São Bernardo”, disse, numa referência ao Palácio do Planalto e à cidade onde mora Lula.
PROMESSAS
Kassab prometeu aos petistas levar para o lado de Haddad as siglas que apoiam sua administração, como PR, PDT, PSB e PC do B.
Também se ofereceu para negociar com igrejas evangélicas em que seu partido tem influência, como Assembleia de Deus, Igreja Mundial, Renascer em Cristo e Igreja Internacional da Graça de Deus.
Sobre a escolha do vice, ele disse que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD) não estaria disposto a integrar a chapa, o que justificaria a indicação de Alexandre Schneider.
De acordo com relatos de petistas e de um dirigente do PSD, Kassab tem culpado o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela interrupção das negociações do seu partido com os tucanos.
Aliados do prefeito dizem que ele ainda trabalha com três cenários na sucessão municipal. Seu plano A, lançar o vice-governador Guilherme Afif Domingos com um vice tucano, enfrenta a oposição de Alckmin e do PSDB.
O plano B, apoiar Serra, esbarra na resistência do ex-governador de se candidatar.
Diante disso, e com o aval de Lula, a hipótese de aliança com o PT ganha força.
Procurado ontem à tarde, Kassab não deu entrevista sobre as negociações.[/s2If]