O ano de 2010 assistiu ao maior crescimento econômico em muitas décadas, e a prosperidade atingiu o ápice durante o Natal, cujas vendas saltaram 15,5% na semana do Natal (18 a 24 de dezembro) sobre mesmo período do ano anterior, segundo a Serasa.
Em 2011, com todos os problemas econômicos mundiais que vimos no mundo, as vendas deste Natal, segundo a mesma fonte, foram ainda maiores que no ano anterior, registrando um modesto mas relevante aumento de 2,8%.
Os jornalões alardearam manchetes que falam em “frustração”, “decepção”, mas a verdade é que, se houve surpresa, foi o vigor da economia. Todos os números são positivos. As vendas em shoppings cresceram 5,5%. As vendas do comércio eletrônico subiram 20%.
Conjugado a isso, um número que explica, em parte, porque o aumento das vendas não foi ainda maior: a grande maioria das famílias preferiu reduzir suas dívidas a gastar em presentes. Decisão sensata, sempre sugerida por especialistas em economia doméstica. O nível de endividamento do brasileiro caiu em dezembro, em relação ao ano passado.
Para termos uma ideia do que é, de fato, um Natal frustrado, basta olharmos para a Grécia, cujas vendas natalinas caíram 30% este ano, sendo que o ano que serve de base à comparação, à diferença do Brasil, já havia sido medíocre.
No Valor, a matéria que trata do mesmo tema conclui com um parágrafo contendo informações quase subversivas por parte de uma das mais importantes representantes do varejo paulista:
Na contramão das pesquisas de outras entidades, o levantamento preliminar da Associação Paulista de Supermercados (Apas) para as vendas do setor mostrou aumento real de 6% entre 1º e 24 de dezembro em relação a igual período de 2010. O balanço parcial superou a expectativa de alta de 5% da entidade. Para Martinho Paiva, diretor da Apas, o resultado foi “muito bom, especialmente diante do cenário macroeconômico mais difícil atualmente. A compra de alimentos não foi afetada pelo desaquecimento da economia”, disse.
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