Deixemos as feras rugirem sozinhas e vamos olhar a vida real, a caravana que passa. A presidente Dilma esteve na Venezuela por esses dias, firmando várias parcerias e dando alguns passos importantes para a integração latino-americana.
Tem uma nova parceria entre Ipea e Pedeveza, pela qual as duas instituições irão cultivar 100 a 200 mil hectares de soja na região do Orinoco, para alimentação de rebanhos e aumento da disponibilidade de proteína animal.
Dilma defendeu a criação do Banco do Sul, e falou muito em ciência e tecnologia e agregação de valor aos produtos.
Mencionou o desejo de Chávez de que os grandes rios que Brasil e Venezuela possuem em comum sejam usados em favor de uma integração física concreta.
Acertaram alguns detalhes da refinaria Abreu e Lima. Depois do pré-sal, a Abreu e Lima perdeu o sentido urgente e estratégico que tinha no início, mas ainda é um empreendimento importante, porque se antes serviria principalmente para o refino do óleo venezuelano, agora também terá a função de industrializar a matéria-prima nacional.
Sobre isso, aliás, a nossa mídia costuma esnobar a participação da Venezuela, omitindo um detalhezinho bobo de seus leitores. As reservas da Venezuela emparelham com as da Arábia Saudita, número 1 do mundo. A Arábica Saudita tem 264 bilhões de barris em reservas; a Venezula, tem 211. O Brasil tem 14…
Outra informação interessante é sobre o comércio bilateral entre os dois países. É um dado bem quente, que saiu hoje do forno do Sistema Alice, o banco de dados de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
E abaixo, os vídeos do encontro entre Dilma e Chávez:
Parte 1
Parte 2
Parte
paulosk partizan
03/12/2011 - 11h10
Apesar das suas imensas reservas de petróleo, a Venezuela é o único país das Américas que importa comida.