A semana política, por enquanto, promete ser tranquila, com a imprensa mais pautada pelos problemas lá fora do que por nossos escândalos domésticos. O “caso Lupi” mostrou-se um divisor de águas na longa crise ministerial enfrentada por Dilma Rousseff ao longo do ano.
Foi uma espécie de “mensalão” do governo Dilma, mas que produziu resultados opostos àqueles verificados no mensalão de Lula. Para começar, a presidente saiu bem mais forte do que entrou. Se Dilma era vista como uma estadista fraca, produzida artificialmente pelo antecessor, do qual também herdava a rejeição junto à classe média tradicional, ao cabo de quase um ano, temos um quadro bem diverso.
Os colunistas políticos dos jornalões já começam a se perguntar onde foi que erraram ao permitir que Dilma conduzisse a narrativa da crise ministerial com tanta habilidade, ao menos no que tange à sua própria imagem. Diferentemente do mensalão de Lula, que minou-lhe a popularidade e quase resultou num impeachment, a crise ministerial de Dilma trouxe-lhe o carisma que ela nunca tivera e aumentou seu poder negocial junto aos partidos, junto ao Congresso e junto à mídia.
Nesta terça-feira, irei analisar, nos quatros posts exclusivos para os assinantes, os seguintes tópicos:
- Analiso as colunas chorosas da Dora Kramer e Merval Pereira (estão tristes porque não conseguiram derrubar Lupi) e o suposto fim da crise ministerial.
- Comento o noticiário sobre a elevação, pelo governo, do aumento a ser dado ao salário mínimo em 2012.
- Analiso a nova crise no Egito.
- Comento o caso Chevron e seus desdobramentos na imprensa de hoje.