O Estadão publica hoje um editorial e uma coluna de opinião sobre a reunião do PSDB em São Paulo. São textos que tentam, com esforço admirável, injetar um pouco de ânimo na oposição.
Segundo o Estadão…
(…) a nota marcante do evento tucano foi a grande quantidade de propostas apresentadas com o objetivo de corrigir o que consideram políticas equivocadas da atual administração federal. Talvez a mais importante delas, considerada “revolucionária” por Fernando Henrique, foi de autoria de Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central no governo FHC: o fim do crédito subsidiado oferecido pelos bancos públicos, especialmente o BNDES, como forma de acelerar a queda da taxa básica de juros e elevar a remuneração da caderneta de poupança e de fundos administrados pelo governo federal, como o FGTS e o FAT. “O governo tem de agir em nome do bem comum e não favorecer o lobby dos tomadores de recursos subsidiados”, enfatizou Arida. Para ele, com o fim dos subsídios, as taxas de juros cobradas pelo BNDES poderiam se nivelar às dos bancos privados, provocando uma redução da demanda por crédito público e a consequente liberação de recursos para outras finalidades importantes.
Eu acho louvável que os tucanos finalmente apresentem propostas concretas de governo, ao invés de repetirem, como papagaios, editoriais udenistas. É curioso, porém, que a proposta mais revolucionária seja reduzir o crédito dos bancos públicos. O que tem de revolucionário nisso? Eu até concordo que, na medida em que os juros básicos forem caindo, o governo possa equiparar os juros dos bancos públicos aos de outras instituições. Provavelmente é isso o que vai ocorrer.
O que chama atenção é constatar como o PSDB continua amarrado a uma visão neoliberal anacrônica. Quer dizer que liberar dinheiro para tampar buraco de bancos privados (como fez o Proer) é até hoje um dos orgulhos da administração tucana, mas emprestar dinheiro para indústrias e trabalhadores, isso não pode?
Mais propostas do PSDB, que constam no editorial do Estadão:
Outros participantes do seminário defenderam ainda a retomada das privatizações, a redução drástica do número de ministérios, maior investimento na qualificação do magistério público, reformas da Previdência que incluem a elevação da idade para aposentadoria, entre outras propostas apresentadas.
Retomada das privatizações? O que falta mais privatizar no Brasil? De estatais importantes, só restaram a Petrobrás, a Caixa e o Banco do Brasil. Depois o PSDB vem dizer que seus adversários fazem terrorismo durante as eleições, quando divulgam que eles são privatizadores.
Leonardo
10/11/2011 - 15h16
Será que desta vez sairão do armário (posicionando-se como entreguistas – pois que nada do que eles privatizaram foi vendido pelo valor real, mas DADO de presente e com dinheiro do BNDES).
Foi o mesmo caso da BROI, gestado no governo petista…