Nos EUA, a delação premiada se sustenta porque lá os procuradores não tem nenhuma autonomia.
Ganham baixos salários (em relação à média nacional), não tem estabilidade funcional e podem ser demitidos a qualquer momento por quem os nomeou, a saber, o presidente da república.
Outra parte dos procuradores são eleitos pela população e também podem ser denunciados e cassados pelo eleitor.
Neste contexto, o controle sobre delações “premiadas”, que são mantidas em sigilo absoluto, não se torna instrumento de chantagem política como no Brasil.
O Brasil precisa escolher: ou acaba com a delação premiada ou acaba com a autonomia do Ministério Público.
Um ministério público com poder de extrair delação premiada, a qualquer custo, com ajuda do judiciário, e mesmo com poder (como fizeram com executivos da Odebrecht) de estabelecer acordos sem mediação do judiciário, é completamente incompatível com a democracia.
Muitas delações da Lava Jato revelaram-se totalmente mentirosas, e foram usadas fartamente pela operação e pela grande mídia para envenenarem a atmosfera política e preparar o país para o golpe.
É o caso da delação de Delcídio do Amaral.
A delação de João Santana e Mônica Moura também foi explicitamente combinada com os procuradores da Lava Jato. O dinheiro no exterior, disseram os marketeiros inicialmente, era para campanhas no exterior. Após algumas semanas de terror e tortura, eles “mudaram a versão” para reforçar a narrativa dos procuradores e gerar manchetes sensacionalistas, também às vésperas da votação do impeachment na Câmara: passaram a dizer que era dinheiro para campanha do PT.
E agora, são as delações de Joesley Batista que começam a afundar.
Pior, começam a afundar junto com o próprio STF!
Railton Melo
05/09/2017 - 12h49
Tudo combinado para salvar TEMER e AECIO. Esse nosso STF é uma farsa, Jucá estava certo ”com supremo e tudo” pqp
Iran Melo
05/09/2017 - 12h37
Instrumento de chantagem. Gostei dessa expressão. Olhemos todo o nosso passado de relações com os órgãos fiscalizadores do Brasil e vamos ter a certeza que o poder dessas instituições sempre foi usado por seus membros para perpetuarem um estado de mau caratismo ontológico. Não há nada que dê prova disso, mas do que os seus super salários e o poder que os próprios têm de manipular rubricas sem que os demais poderes possam exercer qualquer controle, aliás, um sobre os outros, permitindo a imoralidade hedionda dos vales de todo o tipo. Só falta assumirem-se e instituírem o “vale-senvergonha”.
Avisio Hawerroth
04/09/2017 - 22h32
Fausto Amaral DE Barros
04/09/2017 - 22h27
Será que alguém já falou sobre a necessidade de uma reforma no Judiciário?!…
Eduardo Petrucci Gigante
04/09/2017 - 22h27
Acabaram de jogar no lixo toda a operação Castelo de Areia. Por que não jogariam fora a JBS? São as que fodem o tucanato….