Os jornalões anunciam que o governo Temer quer privatizar a Eletrobrás, estatal que controla o sistema nacional de energia elétrica, para arrecadar R$ 20 bilhões, que seriam usados para cobrir parte do rombo fiscal (leia-se, dar aos banqueiros).
Segundo o último relatório anual da estatal, a sua receita bruta em 2016 foi de R$ 71 bilhões.
Trata-se de uma estratégia coordenada, fundamentalmente, pela Globo, porque será o monopólio de comunicação quem controlará todo o processo de manipulação da opinião pública necessário para levar adiante mais esse crime contra a soberania nacional.
O grupo que assumir o controle da Eletrobrás, terá um poder gigantesco sobre as maiores reservas mundiais de energia elétrica, além de um controle imenso sobre os maiores rios do planeta.
O desastre ambiental provocado pela Samarco mostra bem o perigo oferecido ao meio ambiente e à população pelo uso descuidado da água.
O projeto de privatização da Eletrobrás esboçado pela Globo informa que o governo terá “direito a veto” em decisões estratégicas. Isso é uma maneira invertida de dar notícia. É o processo de manipulação da opinião pública em ação, porque o que ele significa, na verdade, é que o governo perderá o poder de decidir sobre os projetos estratégicos da Eletrobrás.
Como o objetivo dos futuros controladores será maximizar o lucro para seus acionistas, em detrimento do interesse social, haverá necessariamente elevação do custo da energia no país, reduzindo a nossa competitividade e beneficiando países competidores, principalmente os Estados Unidos, com o qual nós competimos nos setores de carnes, soja e refino de petróleo, mas também a China, com a qual competimos em alguns setores da indústria.
O crime cometido pela Globo é não apontar esses riscos, sobretudo num país onde não há agências e sistema de justiça com independência e autonomia suficientes para exercer um controle mais rigoroso sobre as práticas de grandes empresas. A falta de punição judicial à Samarco e empresas responsáveis pelo desastre de Mariana é a prova disso.
No site da Eletrobrás, na aba História, vemos uma narrativa que se repete. A criação e consolidação da Eletrobrás está ligada, intrinsicamente, às agitações golpistas do nosso país.
Sempre que governos buscaram elevar o nível de autonomia e soberania do nosso sistema de energia, cresceram os ataques e intensificaram-se as conspirações. Vargas propôs a Eletrobrás em abril de 1954. Alguns meses depois, suicidava-se diante da onda de acusações. O projeto ficou então engavetado por anos a fio e apenas se materializou em 25 de abril de 1961, por assinatura do então presidente Janio Quadros. A imprensa, estranhamente, faz um silêncio ensurdecedor sobre o fato. Meses depois, Janio renunciaria à presidência, após sofrer terríveis pressões políticas.
Coube ao então presidente João Goulart participar da inauguração oficial da Eletrobrás, no dia 11 de junho de 1962. No dia seguinte, o jornal O Globo publicou um editorial ambíguo, no qual saúda trechos do discurso de Goulart que, segundo o jornal, indicam que o presidente “está querendo seguir no rumo certo”. Na linguagem estereotipada do Globo, isso significava afastar-se dos “vermelhos”, e associar-se à direita. Goulart, à época, ainda estava amordaçado pelo parlamentarismo de ocasião que as forças conservadoras impuseram às pressas ao país, após a renúncia de Jânio. Apenas a partir do início de 1963, o Brasil seria novamente presidencialista, por decisão popular, e Jango voltaria então a ser atacado impiedosamente pelas forças imperialistas que sempre patrocinaram a nossa direita e a nossa grande imprensa.
Na mesma edição de 12 de junho de 1962, porém, não faltam, no Globo, inúmeras diatribes histéricas contra o comunismo, contra os sindicatos e contra João Goulart. Na página 2, por exemplo, há uma coluna de Augusto Frederico Schmidt, um intelectual que, décadas antes, tinha sido um editor importante, e que, já velho, tornaria-se um reacionário golpista. Seu texto é uma obra-prima da viralatice das elites brasileiras:
Na mesma edição, não há qualquer reportagem ou texto comemorando ou mesmo analisando o significado, para o país, da criação da Eletrobrás. E isso apesar de reportagens como essa abaixo, sobre a “calamidade pública” provocada pela falta de energia.
A única preocupação do Globo era pinçar trechos do discurso de Goulart, na inauguração da Eletrobrás, que sinalizassem distanciamento em relação às forças de esquerda.
O primeiro-ministro de Goulart era Tancredo Neves.
Na Folha de São Paulo, temos a mesma cobertura: nenhuma análise sobre o significado da Eletrobrás.
A grande imprensa não mudou muito de ontem para hoje. Ao anunciar possível privatização da Eletrobrás, empresa contra a qual sempre foi contra, a nossa imprensa não informa a opinião pública sobre a sua importância histórica na democratização da energia elétrica aos brasileiros, tampouco no processo de industrialização nacional. Também não diz como outros países lidam com seus sistemas elétricos. Não nos informa como outros países fazem para que suas estratégias essenciais de desenvolvimento estejam sempre alinhadas com o planejamento de suas políticas energéticas.
A imprensa brasileira está a serviço exclusivamente de seu interesse político e econômico, que não é o mesmo do povo brasileiro, nem mesmo o das indústrias brasileiras. É uma pena, todavia, que o empresariado nacional tenha, há tempos, se tornado tão viciado no dinheiro fácil do rentismo, que pôs de lado qualquer preocupação sobre os rumos da produção industrial e da nossa infra-estrutura energética.
Lourival Godoy
23/08/2017 - 13h55
O mesmo disseram qdo. privatizaram a Telefônica. Se não fosse isso nem telefone móvel o Brasil teria.
Juarez
23/08/2017 - 13h32
Ignorante, você está no blog errado!
Antônio Loures
23/08/2017 - 02h38
Quanto pior melhor, é de crises fabricadas que sobrevive o neo liberalismo que como um abutre se alimenta da fragilidade econômica de outros países para se apropriar de tudo que possa de dar lucros e assim promovem um verdadeiro assalto ás riquesas minerais, indústrias e se apropriem até dos deveres e obrigações dos estados, se enxergarem nisto uma possibilidade de lucro fácil. Não foi a Dilma que não aceitou este engodo chamado ponte para o futuro. Foi o povo brasileiro que depois de muito sofrimento causado pela quebradeira geral das empresas brasileiras no período FHC , gerando desemprego e fome, aprendeu a votar e expulsou o projeto neoliberal do pais cujo representante máximo foi PSDB e seu expoente FHC o bobo da corte imperialista. Por 12 anos seguidos as urnas rejeitaram este projeto de desmonte e enxugamento da coisa pública com a retirada de direitos do povo e deveres de estado para saciar a fome e engordar o lucro do mercado (Entenda-se Capital Internacional) e sobretudo das multinacionais instaladas no pais. A despeito de todo dinheiro investido, das tecnologias de informação de guerra “importadas” e utilizadas e do apoio partidarizado da mídia, este projeto não venceu a última eleição presidencial. Porém, neste ano tínhamos um componente a mais no tabuleiro de interesses neoliberais em relação ao país. Os mega campos de petróleo do pré-sal já prometidos pelo partido pelego PSDB ao capital internacional. Como as urnas rejeitaram novamente o projeto neoliberal de “Brazil” , os derrotados entrincheiraram-se na câmara e no Senado de forma a sabotar o projeto escolhido pelo povo, impedindo o governo de tomar ações para proteger o país da crise internacional e como verdadeiros terroristas parlamentares implodiram o país com suas pautas bombas. Desta forma intencionalmente, ferraram com o país pouco se importando com suas empresas e seu povo, jogaram o país numa recessão profunda pois como já sabemos, é destas crises e recessões que sobrevive o neoliberalismo ( É como uma virose oportunista que só aparece em momentos de baixa imunidade) . Da crise fabricada se pauta o discurso que todo tipo de arbitrariedade é válida para supera-la. O povo desempregado e com medo aceita tudo passivamente pois ouviu dizer na televisão que é com seu sacrifício que as coisas vão melhorar. E assim com a crise instaurada com o discurso midiático afinado, retiram os direitos dos trabalhadores , privatizam o patrimônio público e os deveres do estado ( O lucro pois os prejuízos jogam na conta do estado ) . Em fim o golpe não foi contra a Dilma, o golpe foi contra o povo brasileiro que soube descartar este projeto nas urnas por 12 anos. O golpe foi contra a frágil democracia brasileira. O golpe foi contra as empresas brasileiras, o golpe foi contra a reindustrialização brasileira, o golpe foi contra as riquezas geradas pelo pré-sal serem utilizadas em prol da nação brasileira, Consistiu em substituir o projeto escolhido nas urnas pelo povo por outro projeto (Descartado nas urnas) voltado para os interesses privados do capital internacional.Os empresários nunca em momento algum da história deste país haviam ganhado tanto dinheiro, se achando o máximo apoiaram o projeto neoliberal. Não sabiam eles que para este projeto ser implantado pelos seus políticos pelegos, ele necessita de uma forte crise econômica para depois da crise instaurada o capital internacional facilmente se apropriar de tudo que lhe convier. Somente sobrarão as migalhas ao empresariado brasileiro. Um passado recente já havia mostrado isto porém, preferiram se deixar manipular, achando que seriam beneficiados com o golpe.
Steiger
23/08/2017 - 18h24
Me explica. Se o Brasil é essa potência toda pq não vence a pressão ou o capital internacional? República das bananas e dos bananas.
Deuzelia Garrido
23/08/2017 - 01h14
A globolixo é realmente a maior inimiga do povo brasileiro…
Edson da Silva
22/08/2017 - 23h12
Gente ele precisa se dinheiro para dar aos deputados. A conta chegou. Se tiver outra denúncia do Janot ele vai precisar se dinheiro e hoje não tem de onde tirar.
Honesto Franco
22/08/2017 - 20h59
A venda da ELETROBRAS equivale ao sujeito que vende sua CASA para morar de ALUGUEL… No final, seus filhos não terão nenhum patrimônio…
sergio serafim
22/08/2017 - 14h33
QUE EMPRESA É ESSA QUE SO VIVE DE RECEITA BRUTA ??? CADE AS DESPESAS SEU INERGUMINO .. KKKKKK MOSTRA AI PROS SEUS LEITORERS ENCARDIDOS OS 250 BILHOES QUE ESSA CABIDEIRA DO PT DEU DE PREJUIZO NOS ULTIMOS ANOS ..
250 BILHOES DE NOSSODOS IMPOSTOS PRA MANTER ESSA MAQUINA DE FAZER MORTADELA FUNCIONANDO..
VENDE TUDO PRESIDENTE TEMMER…
Maria Amélia Gomes Heleno
22/08/2017 - 14h54
Como coxinha é idiota e manipulado pela Golpista da Globo.
sergio serafim
22/08/2017 - 17h00
MARIA AMÉBIA ..
VOCE ÉS O QUE ? SE NÃO O XORUME DA MANIPULAÇÃO.. RSSS
VAI ME DIZER QUE ESSE MARAVILHOS CABIDE PETISTA NAO TEM DIVIDAS ?? NAO TEM PASSIVO EMPRESARIAL ?? NAO DEVE A BANCOS FORNECEDORES ETC ???
ME DESCULPE .. VOCE NAO É MANIPULA .. ES SOMENTE BURRA.. COMO TODO PETEBA FEDORENTO SEM DENTE.
Eloiza Augusta
22/08/2017 - 18h46
FAKER para desestabilizar os diálogos. A LÁ, MBL…
Não sair nada que preste
Fernando
22/08/2017 - 15h38
Esse dito Serafim só pode ser, na realidade, o Michelzinho que já aprendeu a navegar na internet. Já pro seu quarto garoto. E sem internet até o fim do dia!!!
Lucia Stone A. da Rosa
22/08/2017 - 17h20
Mídia golpista e manipuladora!!
Sonegação é a maior corrupção!!
Julio Cesar Padilha
22/08/2017 - 16h41
como pode ? um governo da um golpe encontra 376 bi U$$ de reservas + o pré sal, q vale 8 trilhões de dólares, aí vem com uma retórica pra vender uma empresa estratégica para o brasil por 20 bi R$, dinheiro q com certeza vai vim do BNDS ou seja qualquer um poderia comprar resumindo voltamos aos tempos de FHC isso com certeza não e roubo, é mega roubo, sem palavras já vimos esse filme 20 anos atrás !!
Eline Lima
22/08/2017 - 19h25
Vimos este filme e não vimos o dinheiro!!
Renata Zampaglione
22/08/2017 - 20h50
Eline Lima A pasta rosa até hoje, lamentável, mas ainda acho que o Aécio está por trás disso!
Isaac Soares
22/08/2017 - 15h45
Quando vc pensa que eles estão vendendo, a verdade é que eles estão comprando tudo barato e perder de vista, tenha cuidado povo brasileiro.
Arlindo Jhenning
22/08/2017 - 15h38
não esta errado o titulo da matéria,..capital engendram seus monopólios e fazem população refém de suas necessidades basicas onde o estado intervinha protegendo a população de capitais especulativos e oportunismo desenfreado seguindo uma agenda liberal
Luiz Cesar
22/08/2017 - 15h31
Deixa ver se entendo direito.
O Governo constrói um empresa com o dinheiro do povo brasileiro. Vem um cidadão e sucatea para justificar a venda. Uma empresa compra com dinheiro emprestado e tem subsídios fiscais. Depois nos oferece um serviço duvidoso e caro. O pior é que o dinheiro da venda vai para bancar o poder de corruptos.
É isso mesmo?
Onésia Maria Pimenta Figueiredo
22/08/2017 - 17h25
Isso e outras coisitas mais,,, por exemplo qdo essa empresa fical mal das pernas e nosso dinheiro vai lá socorre-la, subsídios e outras coisitas mais,por exemplo como acontece com os bancos…
Jose Luiz Da Silva
22/08/2017 - 17h50
Infelizmente é isso mesmo!
José Rocha
22/08/2017 - 11h52
A globo é o braço direito do Tio $am no Brasil.
Brizola já dizia: o que é bom pra globo, é ruim pro Brasil.