A vida acabou de dar uma resposta trágica àqueles que defendem “intervenção militar” como solução para os males do país.
Pessoas estão morrendo como moscas no Complexo do Alemão, incluindo aí um menino, por causa da guerra entre polícia e traficantes.
A PM, uma instituição militar, parece não ver nenhum problema no genocídio que promove nas periferias. Sim, a PM, porque a maioria dos inocentes morre com balas disparadas pela PM.
Morte de inocente não é problema para a PM, é solução. Solução final.
No máximo, é um problema temporário de imagem na mídia.
Essa é a mesma PM que os coxinhas da Paulista correm para abraçar.
Claro, essa PM não atira em coxinhas brancos e bem vestidos.
Ela mata a juventude negra e pobre.
A irresponsabilidade das polícias, no Brasil inteiro, revela que estas se transformaram, há tempos, em organizações indiferentes ao principal valor que uma sociedade deveria cultivar: o respeito à vida humana, sobretudo se esta vida está num corpo jovem, negro e pobre.
Quantas lavajatos, zelotes, mensalões, petrolões, trensalões, suiçalões, valem a vida de uma criança assassinada pela polícia numa favela do Rio de Janeiro?
Não é esse tipo de coisa que deveria fazer milhões de pessoas irem às ruas?
A corrupção está sendo combatida, até mesmo com sensacionalismo – pois a mídia tenta controlar a narrativa dos escândalos, para usá-los na luta política.
Quem está combatendo, porém, o genocídio policial de jovens e crianças das periferias das nossas grandes cidades?
Os atores da Globo estão em pé de guerra contra o mundo por causa da morte do menino.
Alguém deveria lembrá-los, contudo, que se as nossas polícias militares são assassinas, isso é uma das heranças da ditadura militar.
E a Globo é filha dessa mesma ditadura.
A Globo sempre se posicionou contra soluções sociais e em favor de soluções de violência.
Há décadas que a polícia mata gente nas periferias, e a nossa imprensa nunca deu a devida atenção ao problema.
Ao contrário, a Globo tentou crucificar Brizola, então governador do Rio, quando ele proibiu a polícia de entrar atirando nas favelas, como voltou a acontecer após o fim de seu governo.
eduardo Albuquerque
04/04/2015 - 18h18
A policia brasileira expõe cada mais seu lado fascista. No Alemão ocorreu um assassinato de uma crianca tal qual ga meses uma senhora foi arrastada pelas ruas do Rio.
Luiz Bizzi
04/04/2015 - 19h24
O povo brasileiro esta se revelando com zero de sensibilidade, matar esta fazendo parte do nosso dia dia…não estamos reagindo não estamos fazendo nada, pelo contrario estamos apoiando toda essa situação!!!
Jorge
04/04/2015 - 10h47
Ok, vamos tirar a polícia da favela e deixar os traficantes e as milicias administrarem como território paralelo. Estranho sua defesa, muito estranho, sei não!
Luiz Carlos
04/04/2015 - 14h18
A policia não precisa matar criança, precisa? Ou você também acha que criança boa é criança morta?
a vida como ela é
03/04/2015 - 21h07
Miguel, voltei neste post, e o li por diversas vezes, tentando encontrar um pouco de lógica, ou nexo, nas suas palavras, infelizmente, não encontrei, o que só fez aumentar o minha decepção, e indignação. Talvez você o tenha feito sob forte emoção, após ter visto a reportagem ou o vídeo do corpo de uma criança inocente, atingida por uma bala, que até onde sei, não foi comprovada ainda, a origem do disparo. A cena é forte, e realmente comovente, mas em momentos de forte comoção, e extremamente recomendável, não fazer qualquer juízo de valores, ou emitir opiniões, seja ela qual for, pois corremos sérios riscos de sermos injustos, ou mal interpretados. A banalização da vida, não é exclusividade, da polícia militar como você diz, as pessoas matam hoje, pelos motivos mais fúteis, ainda esta semana, vi uma reportagem, sobre um homem, que matou a namorada, depois a decapitou, e se entregou na delegacia, com a cabeça dela em uma mochila, isso após ter postado na internet, que era isso que merecia, quem traía. Uma polícia mal preparada, e muitas vezes desmotivada, é apenas parte do problema, não temos uma política seria, unificada, e organizada de combate, ao que no meu ponto de vista, é uma das maiores causas desta violência, “O NARCOTRAFICO”, os bandidos são muito mais organizados, do que o nosso sistema de defesa, nossos governantes, ao invés de se unirem na busca de soluções, se limitam a empurrar o problema. Os prefeitos dizem que a responsabilidade e do governador, que por sua vez diz que é do governo federal, que não fiscaliza as fronteiras, que por sua vez diz que as fronteiras são grandes, e que os problemas nos estados são do governador, e no meio dessa ciranda toda, fica o cidadão comum, refém, de um lado do estado incompetente, e do outro de bandidos cada vez mais bem armados, e organizados. As mortes no Morro do Alemão, e no Rio de Janeiro como um todo, são um retrato fiel deste caos, a pacificação tão alardeada, nunca aconteceu, basta perguntar aos moradores das favelas onde existe UPP, foi muito marketing, e pouca efetividade. A polícia do Rio, nunca foi exemplo de eficiência, mas por lá também existem os bons policiais, e que muitas vezes também se tornam vítimas desta violência, são mortos no trabalho, ou mesmo fora dele, alguns não podem nem chegar ao local onde moram uniformizados, tem que esconder que são policiais, senão são expulsos ou mortos. As favelas são dominadas por facções, ou milícias armadas, que exercem mais poder que o próprio estado. Miguel, a morte deste garoto, é fruto da falência do estado, querer colocar outro contexto nisto, é demência, querer atribuir, isto a ditadura, a Globo, ou a alguns doentes que pedem a volta da ditadura, é ser pobre de espírito, e pensamento. Me tornei frequentador assíduo do seu blog, e mesmo com alguns pontos de vista totalmente divergentes, desenvolvi um respeito e admiração muito grande por você, mas neste post, na minha humilde opinião, você desceu ao fundo do poço, e levou com você alguns seguidores, que sem um mínimo de raciocínio, se apressam em dizer, que a culpa é da elite branca, da ditadura, e da Globo.Com visões como esta, acabamos não discutindo a causa real do problema
Luiz Carlos
04/04/2015 - 14h27
Acontece, meu caro, que os fatos ignoram suas especulações intelectuais. Os pais do menino assassinado viram um PM atirar propositadamente no menino, para eliminar “um vagabundo”. Em seguida ainda ameaçou matar o pai e a mãe, pobres e portanto também “vagabundos” na visão de mundo dele, provavelmente veiculada nas instruções feitas pelos superiores. Esses fatos estão em todos os relatos. Ficou claro, aliás, que não havia tiroteio nenhum na hora do acontecimento, os traficantes não tiveram nada com isso. Foi entre a PM e os pobres da favela.
a vida como ela é
03/04/2015 - 18h35
So faltou vc reclamar que a Globo deu mais cobertura a morte do filho de Alckmin.
a vida como ela é
03/04/2015 - 18h08
Miguel, que falta de lucidez sua,querer criar um elo, entre alguns malucos que pedem a volta da ditadura, e uma açao desastrosa, de uma policia despreparada, e muitas vezes covarde, só faltou vc Ricardo reclamar que a Globo deu mais cobertura à morte do filho do Alckmin
Julio
03/04/2015 - 15h06
A globo é filha da Ditadura? Acho que está mais pra madrinha parturiente. Muito mais que filha.
Vani Da Col
03/04/2015 - 16h07
Que coisa triste!
Maria Regina Arruda
03/04/2015 - 15h17
A dor desta mae e a mesma da dona lu….respeito igual para as duas…..
Almir
03/04/2015 - 11h22
“As massas são femininas e estúpidas. Somente a emoção e o ódio podem mantê-las sob controle.” – Adolf Hitler.
Ele sabia que o ódio “dá liga”, e se propaga como uma doença altamente contagiosa. Mas não considerou um detalhe importante: um regime forjado em cima do ódio, muito embora conquiste algumas vitórias, mas sempre acaba mal, e o preço a pagar é incomensurável.
Glauco Silva
03/04/2015 - 10h43
São os pobres e negros que estão pedindo intervenção militar por acaso? E desde quando a classe média é elite? Na verdade são uns Bobões que acham que são elite ou que um dia farão parte dela! São é joguete na mão dos ricos, são alienados e manipulados por uma falsa promessa de riqueza que os ricos nunca vão cumprir! Na verdade eu tenho é pena da classe média! E quero justiça contra as mortes de pessoas inocentes nos bairros pobres, se a PM não tem sabido distinguir bandido de gente inocente, que sejam punidos os excessos e que se prendam os genocidas ou assassinos de crianças e pobres inocentes!
Vitor
03/04/2015 - 10h09
Quem entra aqui acha q a classe média é formada por um bando de genocída q adora quando a PM mal preparada e truculenta mata inocentes, desde q sejam pobres, crianças e negros… E todos só querem saber de intervenção militar! Faça-me o favor com suas generalizações escrotas (desculpe, não achei outra palavra para descrever isso)…
Miguel do Rosário
03/04/2015 - 21h34
Não força, Vitor. Não falei de classe média. Falei de um tipo caricato que tira selfie com PM e vai às ruas cantar “Viva a PM!”, “Viva a PM!”, que defende intervenção militar, e forma o núcleo duro dessas manifestações da direita.
Vitor
04/04/2015 - 09h18
Miguel, é óbvio que eu estava falando do texto e de uma das charges que vc SELECIONOU para esse post (que na verdade, já sumiu misteriosamente)…
Era sobre a “classe média” comemorando mortes como se fosse gol!
Rozana Barros
03/04/2015 - 11h58
Não é quem está no complexo do Alemão que pede intervenção militar. Quem pede intervenção Militar é a elite que gosta desse lado da PM.
Mila Môca
03/04/2015 - 13h33
que por tabela são tb genocidas.
Maria Penha da Silva
03/04/2015 - 09h20
Mas quem pede intervenção militar… sabe disso… q é daí pra pior… portanto… é exatamente isso o q desejam pro povo… Flores é q não…
Gerson
03/04/2015 - 08h38
Concordo plenamente!