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Porque eu sou Charlie, parte II

Tudo bem, eu aceito as críticas. Até porque entendo que entramos num terreno extremamente perigoso. Não sei até que ponto é um fenômeno brasileiro ou mundial, mas é impressionante a facilidade com que casos polêmicos se transformam, nas redes sociais, em processos de linchamento. Alguém opina que o jornal Charlie Hebdo era racista, xenófobo, islamófobo, […]

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Tudo bem, eu aceito as críticas.

Até porque entendo que entramos num terreno extremamente perigoso.

Não sei até que ponto é um fenômeno brasileiro ou mundial, mas é impressionante a facilidade com que casos polêmicos se transformam, nas redes sociais, em processos de linchamento.

Alguém opina que o jornal Charlie Hebdo era racista, xenófobo, islamófobo, e todos começam a emitir a mesma opinião.

Quem discorda, entra no pau.

Baixemos as armas.

O que nos interessa é o debate, a polêmica. Esta dialética é a essência não apenas da democracia, mas da própria vida.

Mas é preciso participar sem ódio.

Então vamos começar de novo.

Quis a fortuna, por razões particulares várias, que eu viesse à Paris. Cheguei hoje. Aproveitei para comprar os principais jornais, que, na França, felizmente, trazem opiniões diversas, e tem um viés fortemente progressista.

Os jornais são apenas jornais, não braços de um monopólio que explora concessões públicas.

A França está profundamente consternada com o assassinato dos desenhistas e outros inocentes, no atentando ocorrido há poucos dias, em Paris. O evento é chamado de seu “11 de setembro”.

Consternada não apenas com a barbaridade, mas pelas perigosíssimas armadilhas interpostas diante de si.

Afinal, a França tem mais de 6 milhões de muçulmanos, ou quase 10% de sua população (que é de 66 milhões) para falar apenas nos que possuem cidadania legal. E está plantada diante de centenas de milhões de muçulmanos, vivendo logo ali, do outro lado do Mediterrâneo.

É evidente que o debate sobre liberdade de expressão remexe em feridas políticas e sociais ainda abertas, na França, na Europa, no mundo.

A França inteira se tornou uma grande e efervescente ágora.

O Liberación, nesta quinta-feira, discute a liberdade de expressão com bastante cuidado, sobretudo em face do desafio de explicar, aos franceses e ao mundo, porque se protege as charges de Charlie e se ataca as piadas do humorista Dieudonné, consideradas antissemitas e, no caso mais recente, apologia ao terrorismo.

Em editorial, o jornal admite que há um equilíbrio tênue, em perpétuo estado de ajustamento, entre o direito à palavra livre e o respeito às crenças religiosas.

“É preciso repetir pela enésima vez: Charlie tem razão”, diz o editorial assinado por Laurent Joffrin, que traduzo e reproduzo abaixo:

“O princípio que nos governa em matéria de liberdade de expressão é claro: nós somos livres para falar, escrever, desenhar, publicar, mas também devemos responder pelo abuso desta liberdade. A regra é a liberdade. A exceção, que deve ser tão rara quanto possível, é o excesso, definido por lei.

Charlie e os jornais que publicam suas caricaturas são o excesso? Não.

Temos o direito, na França, de zombar das religiões, seus símbolos, e mesmo de blasfemar. Assim decidiram os tribunais ao termo de uma jurisprudência longa e evolutiva.

Então, o que são os excessos? A difamação contra pessoas, a incitação à violência ou ao ódio, o racismo no sentido lato, com seu irmão maléfico, o antissemitismo.

As proibições compreendem as injúrias feitas a indivíduos em razão de sua etnia ou religião. A lei é clara: aos indivíduos, vivos, de carne e osso, não aos dogmas e aos símbolos.

É por essa razão que se equivocam profundamente – ou deliberadamente – os que acusam a justiça de praticar dois pesos e duas medidas. Há duas medidas porque a sátira, tal qual a pratica Charlie Hebdo e o antissemitismo de Dieudonné, ou bem a sua apologia ao terrorismo, não se situam no mesmo plano.”

Em seguida, o jornal publica uma longa análise sobre liberdade de expressão. A França sempre viveu um debate feroz sobre o assunto. A reportagem lembra que Charlie Hebdo já foi condenado algumas vezes por seus excessos, assim como Dieudonné já foi absolvido e protegido pela Justiça francesa em várias ocasiões.

As decisões são analisadas caso a caso.

A lei que proíbe a apologia ao terrorismo é antiga, de 1881, mas só foi incorporada ao Código Penal em novembro do ano passado.

Sendo a Justiça uma instituição humana, é claro que a comoção do atentado faz os juízes reagirem com mais dureza.

Dieudonné comparou-se a um dos terroristas envolvidos nos atentados, apenas dias depois dos crimes. É lógico que ele procurou surfar na polêmica, num momento em que milhões de franceses ainda sofriam com a morte de seus artistas, e conseguiu.

A lei não é perfeita, sobretudo uma lei que flerta com o elemento subjetivo.

Mas Dieudonné terá direito à defesa, a recursos, dentro de um dos sistemas penais mais humanistas do mundo. Aos desenhistas e demais inocentes mortos no atentado da semana passada, não houve nada disso: foram executados a sangue frio.

*

O Le Monde também transpira a tensão do momento, e vai procurar a opinião do lado contrário, em jornalistas da esquerda síria, ainda traumatizados pela campanha criminosa patrocinada por EUA e Europa, com participação especialmente ativa da França, contra o presidente Assad.

A esquerda síria fazia oposição a Assad, mas viu-se obrigada a defendê-lo em face dos ataques imperialistas ao país.

“Charlie, uma ferida árabe-francesa”, diz matéria que entrevista jornais da esquerda e da direita sírias.

Le Monde lembra ainda do blogueiro saudita condenado a levar mil chicotadas e 10 anos de prisão, por ter “insultado o Islam”.

Na página de opinião, o jornalista Arnaud Leparmentier faz observações pertinentes sobre a necessidade da Europa de adaptar a sua laicidade à presença crescente do islamismo no continente.

Ele conta a história, na Europa, dos choques religiosos, que já produziram inúmeras guerras e milhões de mortos. E que só foram resolvidos após uma catástrofe, a II Guerra.

As leis francesas concernentes à laicidade foram feitas para o homem branco e católico, diz Leparmentier.

Não depreendi de seu texto que ele defenda qualquer recuo, por parte dos legisladores franceses, em relação à laicidade ou liberdade, mas simplesmente que a França procure uma abordagem mais sensível da questão do aumento da presença muçulmana, que já se consolidou como a segunda religião mais importante do país.

Ao final do texto ele sugere, por exemplo, que o Estado introduza feriados muçulmanos no calendário nacional. Uma iniciativa bem bobinha, admito, pois seria muito mais produtivo que a França revisse algumas posições internacionais que andou adotando, como o seu apoio à invasão da Líbia e o suporte aos rebeldes islâmicos que tentavam derrubar o governo sírio.

Um editorial, na mesma página, trata das mortes na Nigéria, mas fazendo uma observação que, acho eu, faltou em nossos debates. Os quase dois mil mortos nos últimos dez dias, na Nigéria, em atentados terroristas e execuções, foram vítimas de extremistas islâmicos, ou seja, foram vítimas do mesmo tipo de violência política, e da mesma ideologia, que matou os desenhistas do Charlie Hebdo.

*

Há o caso, por fim, da demissão de Sine um chargista do Charlie Hebdo, por “antissemitismo”, um fato que está sendo usado hoje no “tribunal moral” montado para condenar o Charlie. Não vou defender o jornal neste caso. Sine era um chargista premiado, e sua demissão se deu por notória pressão do presidente da República, Nicolas Sarkozy, em função de piadas feitas sobre seu filho, Jean Sarkozy, que iria se casar com uma rica herdeira judia.

Talvez tenha havido covardia da direção do Charlie, tanto é que Sine ganhou, na Justiça, uma indenização de 40 mil euros, por demissão injusta.

*

Agora que já pincelei como anda o debate em Paris, trato de dar a minha opinião sobre o tema.

Explicarei porque aceito as críticas, e as responderei, humildemente.

Em primeiro lugar, limpemos a mesa de alguns conceitos envenenados.

Eu sei que quase todo mundo – em especial no Brasil – é contra a violência política. O nosso debate não é entre os que defendem a execução dos desenhistas e os que a condenam.

A nossa sociedade se tornou por demais complexa, por demais irritada com as mídias corporativas, para aceitar rótulos fáceis, como “je suis charles”.

Se há um movimento forte de “je suis charles”, cria-se logo uma força contrária, dissidente, daqueles que não se sentem confortáveis com esse tipo de slogan.

Isso é normal. A questão não é essa.

O debate sobre liberdade de expressão, no entanto, incendiou-se também no Brasil, e isso nos interessa profundamente.

Alguns disseram que foi um atentado terrorista, à vida humana, e não um ataque à liberdade de expressão.

Não concordo. Foi sim, um atentado precisamente à liberdade de expressão, porque eles foram mortos por causa de suas charges de Maomé.

No Brasil, houve uma enxurrada de acusações contra a revista, com a reprodução de charges e desenhos fora do contexto. É o tal processo de linchamento. Se o contexto de uma charge é explicado, a pessoa, ao invés de refletir, parece ficar ainda mais irritada, e então procura outro desenho, apresentando-o igualmente sem contextualização. Isso aconteceu até o ponto das pessoas começarem a divulgar uma capa do Charlie de 35 anos atrás.

*

Percebi, então, que o debate sobre liberdade de expressão corrompeu-se no Brasil. O entendimento sobre liberdade, tão forte na ditadura, envenenou-se após 20 anos de monopólio da mídia.

Criou-se, de um lado, uma classe, reduzidíssima, de jornalistas e intelectuais, com empregos na grande mídia, que passou a entender a liberdade de expressão como uma liberdade exclusiva das empresas.

De outro, temos um número crescente de pessoas que passou a associar a liberdade de expressão ao arbítrio da mídia para destruir reputações.

O editorial do Liberación, citado acima, trata bem deste ponto no conceito de liberdade de expressão. Busca-se a liberdade total para se criticar instituições, dogmas, religiões. Mas os indivíduos de carne e osso devem ser protegidos.

No Brasil, a mídia conseguiu a proeza de enfiar a injúria aos indivíduos, o assassinato de reputação, dentro do mesmo saco da liberdade de expressão.

No caso da militância petista, que sofre na pele desde 2003 uma guerra sem quartel da mídia contra suas lideranças, ela passou a associar liberdade de expressão às diatribes de Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo.

Em função do monopólio, de um lado, e do abuso, de outro, a liberdade de expressão se tornou sinônimo, para setores da esquerda, da humilhação imposta pelos ricos e seus meios de comunicação, aos símbolos e representantes políticos das classes trabalhadoras.

Mas é um erro, claro. A liberdade de expressão sempre foi, e sempre será, uma grande conquista de todas as classes, e como qualquer conquista universal, beneficia muito mais o pobre, que é maioria, do que o rico. Desde que, é claro, se combata o monopólio, que provoca uma absurda e injusta desigualdade na distribuição do direito à opinião e ao humor.

*

Outro motivo de confusão, no debate, corresponde à sensibilidade do brasileiro.

Diante daquelas capas escandalosas do Charlie Hebdo, mostrando candidatos ao Vaticano enrabando-se uns aos outros, o presidente de pinto de fora, maomé mostrando a bunda, etc, os brasileiros tiveram, de maneira geral, a mesma reação de Leonardo Boff.

Nosso teólogo da libertação, em tese um religioso mais liberal, mandou-me um twitter, anexado a uma compilação de capas do Charlie, com a frase fatal: “para tudo tem um limite”.

Este é um erro, porém, gerado por um choque de culturas, e se nós sentimos isso, imaginem o choque entre a França e as sociedades ultraconservadoras do oriente médio?

Imaginamos o francês como um sujeito sóbrio, sério, moderado. Pode até ser, mas a sua tradição, no campo das artes, é profundamente anárquica, iconoclasta, escandalosa.

Estive relendo, justamente para escrever este post, os livros daquele que alguns clamam ser o fundador do francês moderno, e da literatura francesa, François Rabelais. Assim como temos nosso Camões, a Inglaterra tem Shakeaspeare, a Itália tem Dante, a França tem Rabelais.

Suas duas obras mais famosas são Gargantua e Pantagruel. Vou abordar, por economia de espaço, apenas o Gargantua.

Vê-se claramente que o Charlie praticava um humor rabelaisiano, a saber, radical, sarcástico, cruel, escatológico.

Um pequeno poema que abre o Gargantua vale como uma apologia eterna ao humor, à liberdade artística e à paz. Parece que Rabelais o escreveu pensando especialmente nos extremistas:

Amis lecteurs qui ce livre lisez,
Dépouillez-vous de toute affection,
Et le lisant ne vous scandalisez.
Il ne contient mal ni infection.
Vrai est qu’ici peu de perfection
Vous apprendez, sinon em cas de rire:
Autre argument ne peut mon coeur elire.
Voyant le deuil, qui vous mine e consomme,
Mieux est de rire que de larmes écrire.
Pour ce que rire est le propre de l’homme.

Tradução literal minha:

Amigos leitores que este livro lêem,
Libertem-se de todo preconceito,
e o lendo não se escandalizem.
Ele não contém nenhum mal ou infecção.
Verdade que tampouco nenhuma perfeição
eles vos ensina, é feito apenas para rir:
e meu coração não poderia ter outro objetivo.
Contemplando os sofrimentos, que vos consomem,
melhor é escrever com risos do que com lágrimas.
Porque o riso é o mais próprio do homem.

*

O livro, como já disse, é a história de Gargantua, uma espécie de Macunaíma nobre e francês. No capítulo 5, logo antes de Gargantua nascer, há um engraçadíssimo fluxo de consciência com loas ao vinho, e a seu consumo excessivo. “Or çà à boire, boire ç’à”. Beber por aqui, beber por ali! Sem culpa! Se eu montasse tão bem como eu bebo, estaria já cavalgando no ar! Eu molho a garganta, eu me afogo, eu bebo! E por medo de morrer. Beba sempre que você não morrerá jamais! Se eu não bebo, eu fico a seco. Eis-me morto. No seco, nenhuma alma habita. Sommeliers, ó criadores de novas formas, façam de mim, que não bebo, um bebedor! Ó bebedores! Ó alterados! Meu amigo garçom, encha o meu copo de vinho, eu te suplico! Natura abhoret vacuum. A natureza abomina o vácuo.

No capítulo 6, nasce Gargantua. Sua mãe, Gargamelle, sofre algumas complicações no parto e ele acaba nascendo via orelha esquerda. Só que, ao nascer, ele não grita como as outras crianças. Ao invés de berrar “buá, buá”, Gargantua gritava “a boire, a boire!”, a beber, a beber!, “como que convidando todo mundo a beber”.

Seu pai, Grandgousier, ficou maravilhado que as primeiras palavras do filho…

Daí temos alguns capítulos descrevendo a infância e adolescência de Gargantua, na qual ele se destaca por comer muito, além de cenas bastante pornográficas entre o pequeno Gargantua e suas criadas.

No capítulo 13, Grandgousier descobre que seu filho tinha um espírito refinado e criativo, porque Gargantua lhe ensina um método especial para limpar a bunda sem machucá-la.

Sim, limpar a bunda. E tudo é descrito em detalhes assombrosamente escatológicos.

Após muitas bebedeiras, Gargantua chega a Paris, onde ele se depara, segundo o texto, com um povo “tão idiota, tão embasbacado, e tão inepto por natureza: que um palhaço de rua, um artista de marionetes, um jumento carregando sinos, um tocador de viola, reunirá mais gente que jamais conseguiria um bom pregador evangélico”.

Daí que o povo, fascinado por Gargantua, que era um gigante, começa a segui-lo por toda a parte, obrigando-o a se refugiar no alto da Notre Dame.

E o que faz Gargantua, lá no alto, contemplando a multidão reunida abaixo?

Ele tira seu membro para fora e mija.

Um xixi tão abundante que inunda a cidade inteira e afoga milhares.

Daí vem o nome de Paris. Gargantua inundou a cidade com xixi apenas por diversão, “pra rir”, ou em francês, “par ris”.

Em seguida, Gargantua conhece um monge que só pensa em beber, de manhã, tarde e noite, e mesmo assim é o monge mais corajoso e mais guerreiro. Após vencerem uma importante batalha, Gargantua permite que o monge funde um mosteiro só para ele, com regras especiais, onde todos poderão acordar a hora que quiser, comer e beber à vontade, casarem-se com as mulheres, e viverem em liberdade.

Obviamente que o livro de Rabelais foi considerado uma grande ofensa à religião católica.

Sua consolidação como um clássico, também é óbvio, se deu durante o processo da revolução francesa, em que se afirmou o princípio da laicidade do Estado.

*

Desde então as artes francesas sempre se notabilizaram pelo escândalo, pelos excessos, pelo enfrentamento atrevido a toda forma de autoridade, no Estado, na Igreja, nas convenções sociais.

Essa é a confusão. Os “leigos” em cultura francesa acham que estão se deparando com xenofobia, islamofobia, porque as charges são agressivas. Mas não é verdade. Os desenhos do Charlie são herdeiros da tradição estética francesa, voltada para a escatologia, o excesso, o escândalo.

Se você pegar as charges do mesmo Charlie Hebdo sobre a igreja católica, o Vaticano, o Papa, o presidente da república, encontrará exatamente o mesmo tipo de estética.

Por isso, eu aceito humildemente todas as críticas dos leitores, respeito todas as suas opiniões, entendo que todos, ou quase todos estão preocupados (às vezes mesmo sem ter consciência disso) com princípios democráticos, a saber, não haver dois pesos e duas medidas, mas insisto que ainda “je suis charlie”.

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O jantar dos idiotas


 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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roberto quintas

20/01/2016 - 12h12

muito bem, então o humor não tem limites. então façamos todos uma carta em desagravo ao Danilo Gentilli e Rafinha Barros.

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h57

Ps. não faz parte, alias, não deveria ‘fazer parte’. Aí algo que parte considerável dos blogueiros sujos herdaram do PIG, a arrogância e a prepotência ao tentarem se colocar acima do ‘bem e do mau’, (como se existisse ‘bem e mau’). Descontextualizam situações, fatos; qdo convém, chamam a ‘genralização’ ao ‘baile’, (como essa sobre clitóris – pena que o amigo esquece da violência da batina, mas, temos que ser politicamente ‘corretos’, nem que, pra isso, nos somemos aos discursos da direita em sua campanha escatológica pra encobrir a guerra em curso no OM e no front leste da europa). Liberdade de expressão, uma luta histórica das esquerdas, (herdadas da própria burguesia, então revolucionária da revolução francesa), que não vislumbra ‘limites’, mas coloca essa ausência de limites na perspectiva revolucionária socialista, de alcançarmos isso em uma sociedade já sem classes, (comunismo), isso – ah, isso ‘se esquece’ para fazer valer o ‘liberalismo’ – desprovendo tal bandeira política de seu conteúdo de classe. Vale passar a ideia, até provocações servem a libertaçaõ dos povos – e provocações aquém qualquer realidade, inclusive de fomento do discurso xenófobo, (é que o amigo esquece – tb – que, quem instrumentaliza discursos, até a história, são as elites francesas). MAS, ‘faz parte’. Hoje temos uma imprensa alternativa de denúncia, que tenta pensar o mundo além mundo, acima das contradições de classes – a ideia é, não me posiciono aqui ou ali – impera o criticismo. Correm desesperados buscando ‘a quem bater’ e o que propõem os ‘criticistas’? NADA! Olham o mundo e acham que esse mundo serve para ser, apenas, visto, descrito – e vai-se à erudição, à numerologia qdo o papo é economia e assim por diante. Pintam as mais belas telas, mas não são capazes – sequer, de sugerir alguma mudança, algum caminho. Este tipo de ‘imprensa’ ainda existe por ausência de uma outra, que começa a ser formada em nosso país. Esta – a que pinta quadros – tb terá vida curta, isso é da própria necessidade da luta que não se enclausura na ideia de ‘contemplar mundos’. Entendo sua posição, Miguel, não difere da posição das elites, embora pintes quadros com outras cores. Abs.

Rildo Ferreira

20/01/2015 - 23h56

Esse tal Jeronimo terminou assim: “ou tu pensas como eu penso ou te meto porrada”. Deve ser milico. Sempre terminam com ameaças.

Sueli Maria Pereira Halfen

20/01/2015 - 23h34

Liberdade de se Dizer o que Der na Telha X Liberdade de Se Ofender e Dar uns Tiros = Não Sabemos Essa Fronteira Ainda…como não sei, ainda,prefiro meu pescoço saudável…justamenta para poder descobrir!

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h33

(ainda mais po net, por debates de internet – que tal? Não tenta, Miguel, não vai por aí)

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h32

Quem debate ‘humildemente’ não acusa terceiros de práticas fascistas – alias, me conhece, rapaz?

Emilia M. de Morais

20/01/2015 - 23h30

Abraço.

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h29

tudo bem, emilia. faz parte. abs

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h29

?

Emilia M. de Morais

20/01/2015 - 23h29

Sinto muito, vou sair agora! Sorry, Miguel, se eu soubesse que ia dar nisso, não tinha mais comentado nada aqui!

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h29

fuga da luta política, eu não estou aqui, discutindo humildemente? não escrevi vários artigos, super humildes. o blog não é aberto às críticas? quem está fugindo?

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h27

Fim de papo!

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h27

Emilia, falo por mim. Outra, não exigi resposta, afirmei algo. Há diferenças e grandes. Mas, segue o criticismo em nome da fuga da luta política.

Emilia M. de Morais

20/01/2015 - 23h26

Vamos manter a compostura? Não concordo de modo algum com a sua agressão, Jeronimo! Por que essa apelação grosseira? Virada à direita, dirigida também a mim, Miguel? É tão mais fácil colocar rótulos nas pessoas, não é? Sobretudo evita pensar…

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h26

autoritário? eu te pedi alguma coisa? vc que “exige” que eu responda o que você quer. eu respeito a sua opinião. você que não respeita a minha.

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h25

fascista é vc, palhaço!

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h25

burro, estreito, sectário, autoritário!

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h24

pstu????

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h24

Foda-se babaca do PSTU!

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h24

MAS pq vc não sabe? Pq acostumamos a pensar com um cérebro europeu, (alias, nem le vc le o que te escrevem aqui).

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h24

nem sou obrigado a te responder! que posicionamento fascista!

Emilia M. de Morais

20/01/2015 - 23h24

E mais uma vez, por Zeus, esclareço: não quero justificar a barbárie; quem odeia não tem nenhum direito de matar quem lhe desperta ódio! Esse ponto para mim é inegociável! Quero, se possível, no máximo, compreender tanto ódio. Vamos ter então de entrar numa discussão sobre o deboche e o humor negro? Uma charge assim teria sido feita se o massacre fosse de judeus? Creio que não, mas voltamos a pontos anteiroes.

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h23

não vi sua pergunta e não me esquivei de nada!

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h23

Já te perguntei e tu te esquivou pq não sabe: me mostre UMA matéria dos atentados da noruega que contenham as palavras em sequência: ‘fundamentalismo católico’ ou ‘fascismo católico’, apenas uma.

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h22

ah…’claro’.

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h21

você e a emília

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h21

Isso, de ‘vcs’, (quem?), fica a dica.

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h21

Jeronimo Collares virada à direita de vocês! ao lado do obscurantismo religioso! desde quando a esquerda defende isso?

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h20

Ps. fim. Problema de alguns é falta de MILITÂNCIA real, viciaram-se no criticismo. sem mais.

Jeronimo Collares

20/01/2015 - 23h20

Deus meu… Migueç, que guinada à direita esta sua…descontextualizas situações a fim de pretgar só e exclusivamente a islamofobia. Lamentável.

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h20

não é deboche, emília! é humor negro! meu deus!

Emilia M. de Morais

20/01/2015 - 23h19

Miguel, caro, mais atenção ao que escrevi; referi-me às charges de conteúdo religioso; não dá pra dizer que os muçulmanos, sempre os mais visados, são os mais poderosos deste nosso planeta. Por outro lado, o que não sabia e fiquei chocada ao saber, admito, foi que essa charge acima foi feita por conta do massacre de 1000 muçulmanos em um único dia. Se essa informação do Finkelstein estiver incorreta, por favor, corrija, urgente!! Se estiver correta, não há como não enxergar um deboche mesmo e das próprias vítimas!

Miguel Do Rosario

20/01/2015 - 23h12

Emilia M. de Morais leia os posts. charlie satirizava sobretudo os poderosos, como o governo, a religião católica, Bush, a guerra, Israel, e também a religião muçulmana. As franjas reacionárias do islamismo, cada vez maiores, merecem e devem ser profundamente criticadas e satirizadas. Isso não é agredir um povo, é ajudá-lo a se livrar dos grilhões de uma religião opressiva, como são todas as religiões em alguns estágios. Ou você acha que uma religião que obriga a mulher a viver sob uma burka e a cortar o clitóris de meninas ou que não condena o apedrejamento de mulheres por adultério, não deve ser criticada?

Emilia M. de Morais

20/01/2015 - 22h13

Norman Finkelstein ainda pergunta:
http://normanfinkelstein.com/2015/01/12/sorry-charlie%E2%80%8B/

Emilia M. de Morais

20/01/2015 - 22h11

Dentro da tradição fracesa, Rabelais e Daumier criticaram sobretudo os poderosos do seu tempo e do meio social em que viviam, o que não era bem o caso das charges de Charlie em torno da religião. Para reflexão, deixo este artigo que traz, não a opinião de um muçulmano ofendido, mas a de um judeu esclarecido: Norman Finkelstein.
http://www.cercledesvolontaires.fr/2015/01/20/norman-finkelstein-charlie-hebdo-nest-pas-satirique-il-est-sadique-sayed-hasan/

    Miguel do Rosário

    20/01/2015 - 21h05

    Como não? Fizeram charge contra Bush, contra a religião católica e contra a extrema-direita. Quem são os poderosos de nosso tempo?

Celso Junqueira

20/01/2015 - 10h28

Por que não se consegue copiar algo d’O cafezinho? Às vezes acho um post interessante gostaria de envia-lo a alguém, mas não consigo.

Emilia M. de Morais

18/01/2015 - 09h31

Você viu, Jeronimo Collares?
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/01/paul-craig-roberts-o-futuro-dos-eua.html?spref=fb

Denyse

17/01/2015 - 11h44

EU NÃO SOU CHARLIE, E TAMBÉM NÃO SOU COULIBALY. OS DOIS LADOS ESTÃO ERRADOS!
EU SOU A FRATERNIDADE E A IGUALDADE, DE TRATAMENTO, INCLUSIVE. PORQUE PARA ALGUNS PODE E PARA OUTROS NÃO? O QUE O NETANYAHU ESTAVA FAZENDO NAQUELA MARCHA SE ELE É O MAIOR TERRORISTA DO SÉCULO?

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 13h28

Silvio, sim – neste sentido que colocas, de algo que não está ‘solto no ar’, ou aquém, além luta de classes na França, (liberdades em si, direitos em si). Concordo! :) Qdo falei lá em cima da economia política, tentando chamar a ideia de que este ato terrorista fora algo com objetivos MUITO maiores do que mera consequência de charges, ofensas religiosas, o castrar a liberdade de expressão, pensava nisso tb – dar outro rumo a todo este debate que tem se pautado sob ‘a escatologia’, (motivos superficiais), e não sobre algo mais objetivo, real e que move a guerra em curso que já se desdobra no Norte da África e Ucrânia; dos planos de guerra dos EUA/OTAN.

Silvio Melgarejo

17/01/2015 - 13h14

Jeronimo Collares. Você coloca o socialismo como fim. Perguntei, então, “que socialismo?” para ver se você respondia que seria o socialismo democrático, se prá você a democracia é objetivo ou apenas meio.

A questão da liberdade de expressão não tem nada a haver com a luta pelo socialismo. Tem a haver com a luta por democracia. Socialismo é modo de produção. Democracia é regime político. E uma das características do regime democrático é a liberdade de dissenso.

Eu disse liberdade de dissenso, não liberdade de insulto.

Quanto às organizações e seus fins, eu lembro que os exércitos são criados e fazem treinamento tático em tempos de paz, muito antes de surgir ocasião dessas táticas serem postas em prática contra um inimigo real. O partido político, da mesma forma, não precisa esperar pela definição exata de sua estratégia para se organizar e fazer exercícios táticos. Porque assim como existe um repertório de táticas que são usadas por todos os exércitos, existe um repertório de táticas que são usadas por todos os partidos na luta política.

Agora, o partido é uma unidade social deliberadamente constituída para lutar por algum objetivo político. O PT é uma organização que tem como objetivo estratégico o socialismo democrático. E o Charlie Hebdo, que também é uma organização? Qual o objetivo desse jornal? Faturar com o escândalo, com a blasfêmia pela blasfêmia, com nítida preferência pelo ataque selvagem ao islã e um indisfarçável respeito e temor ao judaísmo? Em que isto serve à luta pelo socialismo democrático? A meu ver, em nada, até joga contra. Exatamente porque cria contextos, como este que vivemos agora, que permitem a instrumentalização da causa da liberdade pelo fascismo.

A pergunta que precisa ser feita é: a quem serviu e tem servido o Charlie Hebdo, com sua liberdade sem limites para agredir muçulmanos e proteger judeus? A presença de Benjamin Netanyahu na marcha de Paris, me parece que responde a isso.

JURIDICO

17/01/2015 - 10h21

Os franceses são ótimos vide VIETNÃ e ARGELIA…FRANÇA, INGLATERRA E EUA são as potencias que criam recriam e matam aqueles que no momento chamam de terroristas, VIDE MARTIN LUTHER KING, MANDELA, GANDHI e milhares de outros atras de CHARLES tem o interesses da grande potencias, vide NATANIHU na marcha da liberdade , desde

    JURIDICO

    17/01/2015 - 10h23

    cortaram — desde que não sejam palestinos

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 12h01

Silvio – leia o que diz em sua imagem de capa. Falo exatamente disso – se a ideia reside numa organização que não tem ‘fim’, morre ou pelo tempo ou oposição, (inclusive na instrumentalização desta ideia pela ideologia dominante).

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 11h59

Sem problemas :)

Silvio Melgarejo

17/01/2015 - 11h59

Tá difícil, mesmo.

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 11h57

História da luta pela liberdade de expressão e pensamento, se não entender isso, (inclusive a apropriação destas bandeiras pelas mais diversas forças da centro esquerda – inclusive anarquistas), não vai entender o que escrevo.

Silvio Melgarejo

17/01/2015 - 11h54

Que socialismo?

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 11h52

Obs. a luta POLÍTICA pela liberdade de expressão e pensamento DEVE ser colocada na perspectiva da luta socilaista, SOB contexto da OFENSIVA do imperialismo, da direita em todo o mundo e não restrito a um fato – em outras palavras, em sua PLENITUDE, atentando às armadilhas da ideologia dominante. Se alguns grupos políticos – organizados – não compreendem que a palavra pode ser usada, instrumentalizada pelos ‘dominantes’, no caso a direita francesa, que se faça a critica pontual – mas que critica é essa se não estamos falando de liberdade em si, e sim de práticas de grupos políticos organizados SOB determinado contexto e momento histórico?

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 11h35

Em suma, ainda estamos debatendo o ‘ambiente’, ‘as cores das velhas armas de destruição em massa’ no Iraque, onde sequer há tais armas – é um paralelo alegórico, mas – infelizmente real.

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 11h33

Mais uma, supor que os atentados na França tenha alguma relação direta – fora a escatologia da guerra – tenha algo a ver com ‘intolerâncias’, (falo dos atentados e não do ‘ambiente que o favorece’), é outro erro absurdo de análise!

Jeronimo Collares

17/01/2015 - 11h32

Questão não é essa, dos limites ou não de liberdades – até pq é luta histórica das esquerdas a plenitude disso – vem na esteira da luta comunista. Outra, desafio ao amigo Miguel Do Rosario achar UMA notícia relativa ao maior atentado que ocorreu na Europa, Noruega, que contenham as palavras ou expressão ‘extremismo católico’, ‘fundamentalismo católico’, ‘fascismo católico’. Estamos repetindo – por mera concessão, parte dos discursos das elites, reforçando a ideia de que, religião em si, leva a extremismos, o que é falso. Estamos flertando com a ideologia dominante, todos nós!

Silvio Melgarejo

17/01/2015 - 11h28

Por que Jesus Cristo ou Moisés nunca foram retratados desta forma?

Svibra

17/01/2015 - 09h27

Miguel, não vamos tapar o sol com uma peneira. Em um Estado Laico, criticar, zombar, duvidar em público ou em privado de qualquer religião deveria estar em um nível de moralidade menor do que fazer o mesmo com a Nação.
Lembro-me, que no afã fascista da tentativa de impedir a reeleição de Dilma, recebi de um amigo, uma corrente, que pediaa que nos jogos do Brasil na Copa do Mundo, as pessoas levassem por baixo da camisa, uma outra de cor preta e que durante a excussão do hino Nacional, elas expusessem a preta e virassem de costa para o campo. Ora, amigo, aceitar alguém propor isto em um Estado Laico e se contorcer de explicações sobre críticas a (às religiões) é de fato submeter-se a uma chantagem violenta, incompatível com o estado de desenvolvimento em que a humanidade já deveria ter ultrapassado. O Brasil, a França e a maioria absoluta dos países do planeta são Laicos. Que protestem quem não concordar, que façam passeatas, que peçam revisão de leis e constituições, mas que jamais, qualquer que sejam as razões, empunhem metralhadoras para impor ou defender suas crenças. Aliás, que não se empunhem metralhadoras por qualquer outra razão (viu, Sr Bush, Obama etc). Se vamos nos ajoelhar diante desta chantagem transvestida de religiosa, então façamos-o porém vamos chamar o ato pelo seu nome e não vamos ficar discutinbo abobrinhas.

Miguel Do Rosario

17/01/2015 - 09h37

Oi André Lux, terá resposta sim, no meu próximo post. Não tenho tempo de responder tudo. E agora tenho pesquisa.

Andre Lux

17/01/2015 - 02h00

Excelentes os comentários da Emilia de Morais, sem resposta à altura até agora..

Peter Book

16/01/2015 - 22h38

Bienvenue en France !
Laurent Joffrin é um super jornalista. Nota 10.

João Padilha

16/01/2015 - 17h52

Por isso tudo que está escrito, e não li, que com orgulho que digo que sou ATEU, GRAÇAS A DEUS…..

Darci Almeida

16/01/2015 - 19h06

Respeito muito o Miguel, mas, ouso discordar. Respeito é para todos e liberdade de expressão tem limites.

    Mauro

    16/01/2015 - 18h43

    Concordo,

    o bom senso tem de estar sempre acima de qualquer liberdade.

    Renato

    16/01/2015 - 20h27

    É por achar que não há limites para a liberdade de expressão que o Ali Kamel está metendo a naba no rabo de vários blogueiros!

      Miguel do Rosário

      17/01/2015 - 07h42

      Ué, mas a defesa da liberdade de expressão sem limites é da própria Globo! O que a gente prega é a liberdade de expressão num ambiente de liberdade, sem monopólios, como na França. E ninguém defende liberdade de expressão sem limites. Leia o texto e verá que não é isso.

Jeronimo Collares

16/01/2015 - 18h13

Mas já decidiram se ‘je suis ou não jesuis’ atacarão a Síria?

marilamar

16/01/2015 - 15h58

Uma pena nao temos terrorista no Brasil, pois acabaria o poder da porra da Rede Globo, o poder do PODRE JUDICIARIO BRASILEIRO, o poder da merda do CONGRESSO NACIONAL……POIS TODOS ELES JUNTOS SAO JUDEUS FILADAPUTAS……, por isso nao sou CHARLIE ,porrra nenhuma, fora judeus, e os neoliberais ladroes e corruptos que fodem todos os pobre do mundo!!!!

    Renato

    16/01/2015 - 20h24

    Cuidado, meu caro. Os terroristas realmente poderiam acabar com a “porra da Rede Globo”, com o judiciário e com o congresso nacional. Mas também poderiam acabar com a “porra do PT”, com o MST, com os sindicatos, com os blogueiros progressistas e com gente como você. Não deseje aos outros o que você não pode controlar; a vítima de seus desejos podem ser você e aqueles a quem você admira!

Laércio Nunes

16/01/2015 - 17h43

Parabéns! Depois de ver tantos absurdos publicados é um bálsamo ler seu artigo!

Luciano Prado

16/01/2015 - 13h56

Todos os argumentos que vou utilizar nessa minha tentativa estão calcados na minha cultura, no meu status social, na minha condição financeira e nas leis vigentes em nosso país.

Vou iniciar levando em conta os seguintes argumentos do Miguel. E vou tentar não descontextualizá-lo:

“Em função do monopólio, de um lado, e do abuso, de outro, a liberdade de expressão se tornou sinônimo, para setores da esquerda, da humilhação imposta pelos ricos e seus meios de comunicação, aos símbolos e representantes políticos das classes trabalhadoras.
Mas é um erro, claro. A liberdade de expressão sempre foi, e sempre será, uma grande conquista de todas as classes, e como qualquer conquista universal, beneficia muito mais o pobre, que é maioria, do que o rico. Desde que, é claro, se combata o monopólio, que provoca uma absurda e injusta desigualdade na distribuição do direito à opinião e ao humor.” (sublinhei)

Reparem que o próprio Miguel, certamente sem se dá conta, relativizou o direito à liberdade de expressão. Ele coloca algumas condições para que se exerça o mais correta e democraticamente esse direito essencial: “Desde que…”.

Aqui o Miguel vislumbrou a possibilidade da supremacia de um sobre o outro. Alertou sobre diferenças que podem distorcer os interesses numa sociedade democrática.

Simplificando… É por isso que se afirma que nenhum direito pode ou deva ser absoluto. Porque sempre haverá relativizações. Ninguém está afirmando que um jornal, um livro, um pensamento deva ser previamente analisado para se saber se seu conteúdo deve ou não ser externado. O que se argumenta diz respeito às consequências daquilo que se externa ou pratica.

Qualquer pessoa, física ou jurídica, qualquer entidade ou organização, inclusive da imprensa deve ter o direito sagrado de externar o que bem entenda, mas deve sempre ter em mente que eventuais excessos podem – sempre “a posteriori” – ser objeto de alguma reprimenda.
E porque se deve pensar nesses excessos? Porque existem outros direitos em jogo, tão ou mais importantes, que podem eventualmente estar sendo desrespeitados. E no eventual confronto de direitos há sempre um que se subordina ou se sobrepõe ao outro. Quando esses direitos estão em pé de igualdade o judiciário deve ser acionado.

Vou exemplificar citando um inciso da Constituição Federal, do capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais:

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Suponhamos que um jornal ou uma publicação qualquer, sob o manto da liberdade de expressão ou de imprensa decida adentrar na intimidade de determinada pessoa, atingindo sua honra e sua imagem. Qual a consequência disso?

Pelas regras do nosso contrato social quem pratica esse excesso deve responder por ele. O que não significa proibi-lo previamente de fazê-lo. E quem deve analisar tal possibilidade? O Judiciário por solicitação do eventual ofendido.

É por isso que se afirma que o direito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa não é um direito absoluto, porquanto quem vai exercê-lo deve ter sempre em mente que existem outros direitos em jogo e que devem ser observados. Portanto, ninguém tem um direito de dizer ou fazer coisas sem responsabilizações. Esse direito deve ser relativizado.

Quando se coloca a possibilidade de um direito absoluto, como querem alguns em relação à liberdade de imprensa, os interessados o fazem sempre pensando nas práticas sem qualquer consequências, sem responsabilizações.

Todas as vezes que alguém diz que o direito à liberdade de imprensa deve ser absoluto estará embutindo a ausência de responsabilidades.

O direito que a humanidade conquistou para externar seu pensamento, suas idéias é tão valioso que não pode estar a serviço de interesses inescrupulosos impunemente.

É o que penso.

Fernando Soares Campos

16/01/2015 - 13h12

Ah, Miguel, desculpa aí, estou pedindo demais, né?
Mas, de qualquer forma, vou pedir mais um favor…
Distribua aí essa matéria que só será antiga quando a gente conseguir dar um basta nos verdadeiros terroristas.
Vou colar aqui só a cabecinha, mas é bom ler o texto completo.
Taí…

“Acredite quem quiser”

11/8/2011, Tom Engelhardt, Tom Dispatch
Could the Pentagon Be Responsible for Your Death?
Aug 17, 2011 Asia Times Obline,
Military gives marching orders to jihadists
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu

Inclua o que você lerá adiante na categoria dos parágrafos de jornal que ninguém leu, mas que, se lidos, poriam a nação de cabelos em pé. É parágrafo para provocar calafrios nos políticos, disparar os alarmes de incêndios e catástrofes e ‘ameaças’, e seria excelente motivo para que os deputados e senadores mudassem de assunto e parassem, afinal, de fingir que discutem a ‘crise’ da dívida dos EUA.

Semana passada, dois repórteres do New York Times, Eric Schmitt e Thom Shanker, publicaram matéria na Sunday Review daquele jornal sob o título “Depois do 11/9, uma era de espiões que são cozinheiros, funileiros, encanadores, pedreiros, carpinteiros, alfaiates e jihadistas”.[1] A matéria comentava os mais recentes avanços do pensamento do Pentágono sobre contraterrorismo: a teoria da “detenção” [orig. deterrence]. (Evidentemente, um amálgama de velhas ideias sobre “contenção” da Guerra Fria, com bomba atômica para destruir quem não se deixe “conter” e tenha de ser “detido”, requentadas pelos rapazes que habitam hoje, em tempos de Jihad, o prédio de cinco lados.) O artigo de Schmitt e Shanker é, como os leitores são informados em nota, adaptação de pesquisa que os repórteres estão fazendo para seu próximo livro, Counterstrike: The Untold Story of America’s Secret Campaign Against Al Qaeda.

Copio aqui, então, o tal parágrafo, enterrado no meio da matéria, e que, se tivesse sido lido, faria os leitores saltarem, em pânico, das poltronas do domingo:

“Consideremos o que os especialistas norte-americanos em computadores estão fazendo pela internet, talvez o mais amplo paraíso seguro de terroristas, pela qual recrutam, levantam dinheiro e planejam ataques futuros em escala global.
Especialistas norte-americanos tornaram-se super eficientes no trabalho de forjar as assinaturas eletrônicas que a Al Qaeda usa para autenticar suas declarações e manifestos distribuídos pela rede, e postam ordens e instruções dirigidas aos militantes, algumas delas tão horrendas que, como o Pentágono espera, farão vacilar a convicção de jovens jihadistas, que ainda não se tenham decidido a abraçar definitivamente a causa; o plano do Pentágono prevê que, ante ordens para que executem ações tão terríveis, muitos jovens recuarão e se afastarão do movimento Jihad.”

Leia completo…
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2011/08/o-pentagono-quer-enlouquecer-os.html?spref=fb
&&&
O Tom Engelhardt, autor desse artigo, que trata de matéria publicada no New York Times em 2011, demostra certa modéstia ou inibição, pois ele recomenda apenas isto:
“Não há dúvidas: alguém deve imprimir aquele parágrafo de Schmitt e Shanker num cartaz gigante e colar num muro que se veja do Capitólio, até que alguém exija ampla investigação do ‘programa’ do Pentágono para jihadistas jovens.”
Creio que aquele parágrafo a que ele se refere deveria ser impresso por todo internauta, em todo o mundo, fazendo o máximo número de cópias que possa fazer, e distribuir em suas comunidades, traduzido, colaborando com a verdade e a boa informação, como faz o pessoal do Coletivo de Tradutores Vila Vudu há alguns anos.
Qualquer pessoa que fizer isso poderá, a partir daí, dizer: “Eu sou eu”.
Nós que fazemos a Agência Assaz Atroz (PressAA) o publicamos na mesma ocasião em que foi traduzido e publicado pela redecastorphoto (AGOSTO DE 2011), como fazemos com muitas outras matéria traduzidas e distribuídas pelos “vuduístas”.
Confira…
http://santanadoipanema.blogspot.com.br/2011/08/o-pentagono-quer-enlouquecer-os.html
***

Fernando Soares Campos

16/01/2015 - 12h12

Ah, Miguel, eu ia esquecendo! Queria lhe pedir um favor.
Seguinte… leia esse pequeno artigo meu hoje no Portal PRAVDA Em Portuguese e, se possível, transmita o último parágrafo (é curtinho) a qualquer judeu que você encontrar por aí. Falou?!
Taí…
“Operação I Love Israel”
16.01.2015
http://port.pravda.ru/sociedade/curiosas/16-01-2015/37926-operacao_israel-0/
Desde já, brigado!

Fernando Soares Campos

16/01/2015 - 11h54

Miguel, já que você está por aí, tenta encontrar uma capa do Charlie Hebdo com o profeta Moisés sendo avacalhado, nem precisa ser coisa, digamos, pervertida, pode ser uma piadinha simples, um gesto… mesmo que não esteja desmunhecando, né?, pois assim já seria exigir demais da turma do CH.
Aproveite e leia essa aqui: O porquê dos assassinatos em Charlie Hebdo: O mais espetacular fracasso da imprensa-empresa
14/1/2015, [*] Shamus Cooke, Counterpunch
The “Why” ? The Spectacular Media Failure on Charlie Hebdo
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/01/o-porque-dos-assassinatos-em-charlie.html
Ah, mas que coisa! Eu acho que você recebe a lista da redecastorphoto, portanto já deve ter lido.
Mas que sujeito chato sou eu…
“Linchamento”, Miguel? Quer dizer que contestar, contrapor é “linchamento”.
Essa é muito usado pelos esgotos da mídia idem…
Não plagia os caras, Miguel!

Braga Antonio

16/01/2015 - 11h53

Tua dialética sem materialismos histórico, com compaixão seletiva, é sem dúvida maniqueísta antrópicamente surrealista. Cadê a França no Haití , foram os terrorista que lá saquearam, mataram, vilipendiaram? As ex-colônias francesas na África, exportadoras de emigrantes (pleonasmo cognitivo) conheceram a mesma violência. Engraçado! Guilhotina às castas. Le bon mache as elites! Vai com tua exegese hipócrita para outro planeta hipócrita.
Quanto tu recebes para tegiversar?

    Miguel do Rosário

    16/01/2015 - 18h12

    Quanto eu recebo? De quem? Do fundo Charlie?

    Quem disse que eu esqueço ou diminuo os crimes da França? Mas isso não quer dizer que o pais seja o mal, e sobretudo o charlie, um jornal pobre, de esquerda, pro-gaza, profundamente humanista, não pode pagar o preço por esses erros. É como querer que os editores da carta capital paguem pela guerra do Paraguai!

Paulo Rocha

16/01/2015 - 13h36

Mais um excelente artigo, Miguel. Você tem sido uma luz no fim do túnel. O que tenho lido de absurdos na imprensa brasileira e nas redes sociais. So falta a turma falar que a revolução francesa foi culpada de tudo isso. É o fim do mundo assassinar jornalistas no coração da Europa. Recentemente mataram o diretor de cinema Theo van Gogh na Holanda, também pelo mesmo motivo. Só quem mora aqui sabe o que representa nesta parte do mundo “liberdade de expressão”.

Jeronimo Collares

16/01/2015 - 13h33

…e nós discutindo semântica e, pior, ‘em partes’…

Jeronimo Collares

16/01/2015 - 13h32

O que os imprecisos e os precisos não lembram – NUNCA – é da economia política, (enfeite) e do maior algóz humano dos dias de hj: o tempo. Ah, o tempo, esse joga contra todo academicismo retórico, semântico, do discordar pelo discordar. E marcha na europa o fascismo de braços dados ao ‘socialismo das flores’, enquanto novas escatologias são plantadas, (hj numa agência postal francesa), na Bélgica ou em qualquer outro paiseco falido da zona do Euro. E sofre a Síria, seu povo, o Iraque da guerra sem fim – alias, expressão fascismo islâmico, foi cunhada por Bush em 2003. Reservas de petroleo, vendas de armas, acúmulo de forças e capital humano e dinheiro para o grande assalto: Irã, depois, China – ao passo que intensifica a guerra na Ucrânia, (contra a Rússia).

Mauro

16/01/2015 - 11h20

Caro Miguel,

você deixou de lado uma questão fundamental nessa história, o bom senso.Não só a lei determina o que é excesso, o bom senso também tem esse poder.Aliás o bom senso, em qualquer situação , fala por si só.Não defendo terroristas , mas eles existem e o que eles fazem é terror, e devem ser punidos por isso.O que se espera de ladrão é que ele roube, por isso tomo minhas precauções, etc.A liberdade de expressão não pode se tornar um fanatismo profissional para justificar tudo.Não vou nem entrar na questão da hipocrisia a que tenho assistido em relação ao assunto.Eu duvido que qualquer jornalista que invoque a liberdade de expressão nesse momento , vá a um estádio de futebol com a camisa do seu clube , sentar na arquibancada no meio da torcida adversária do seu maior rival porque gosta de ver o jogo atrás do gol para onde ataca o seu time, e invoque a tal liberdade de expressão e o direito de ir e vir garantidos na Constituição Federal.
O bom senso tem que prevalecer sempre, senão eu começo a pensar que essa tal liberdade de expressão não passa de uma justificativa exercício de poder, orgulho e vaidade, porque no caso do Charlie Hebdo não se tratava de nenhuma notícia importante, essencial, imprescindível , de interesse público.

Miguel,

aproveito para fazer uma pergunta honesta , por total falta de conhecimento.Sei que ela fazia sátira à direita, mas fazia também ao Sionismo ou ao Judaísmo?

Abraços.

Czar

16/01/2015 - 11h10

Miguel,

Um post onde tem mais comentários seus, do que dos seus visitantes é algo para se pensar…Em bom português: Pare de dar murro em ponta de faca, meu caro.

Existem assuntos muito mais importantes no Brasil para você gastar a sua energia e o seu rico dinheirinho.

A partir do momento em que a revista refuta, deixa de publicar charges e demite chargistas, por questões ideológicas…é porque ela não era tão idependente assim.

Está claro que o extremismo de esquerda da tal Charlie não se aplicava aos judeus e isso, por si só, tira a áurea de independencia dela.

Eu também não sou Charlie, primeiro pelo extremismo da revista e segundo pela sua hipocrisia seletiva em criticar uns e poupar outros.

Charlie não passava de um “Programa Pânico” impresso…só queriam fazer escárnio e não humor.

Emilia M. de Morais

16/01/2015 - 12h02

Você faz ainda, Miguel, uma confusão entre o que é cultural, em certos países árabes, e o que foi prescrito por Maomé no Alcorão, ou nos escritos básicos do islamismo (Hadith, Suna). Somente cléirigos posteriores impuseram às mulheres a excisão do clítoris ou o uso da burca.

Emilia M. de Morais

16/01/2015 - 12h02

Você faz ainda, Miguel, uma confusão entre o que é cultural, em certos países árabes, e o que foi prescrito por Maomé no Alcorão, ou nos escritos básicos do islamismo (Hadith, Suna). Somente cléirigos posteriores impuseram às mulheres a excisão do clítoris ou o uso da burca.

Cosme Henrique

16/01/2015 - 09h29

Que saco! E a direita avança enquanto ficamos aqui discutido a ” lesma lerda” (para não falar um palavrão)…

    Jaide

    16/01/2015 - 10h05

    É isso. Avançam as discussões para restringir a liberdarde de expressão e a privacidade, com foco na internet. Medidas de segurança ampliadas (estado policial). Intensificam-se os combates na Ucrânia e no Oriente Médio, rumo à sonhada intervenção direta na Síria, estilo Líbia. Expansão do lucrativo negócio da guerra, o que pode postegar um pouco mais a derrocada econômica.
    Enfim, o JE SUIS (ou o JE NE SUIS PAS) CHARLIE dentro do roteiro previsto.

Emilia M. de Morais

16/01/2015 - 11h25

Só acreditaria em isenção se algum dos 3 referidos acima por mim ou, ao menos, algum dos principais profetas do judaísmo tivesse sido mostrado assim, nu e pingando, de traseiro arreganhado, portanto uma estrela amarela ou se, ao menos, a estrela amarela desta charge fosse a de 6 pontas… Mas deixo-lhe igual apelo, Miguel Do Rosario: se você encontrar o mesmo deboche com os guias espirituais fundadores do judaísmo, por favor, me mostre.

Emilia M. de Morais

16/01/2015 - 11h25

Só acreditaria em isenção se algum dos 3 referidos acima por mim ou, ao menos, algum dos principais profetas do judaísmo tivesse sido mostrado assim, nu e pingando, de traseiro arreganhado, portanto uma estrela amarela ou se, ao menos, a estrela amarela desta charge fosse a de 6 pontas… Mas deixo-lhe igual apelo, Miguel Do Rosario: se você encontrar o mesmo deboche com os guias espirituais fundadores do judaísmo, por favor, me mostre.

Emilia M. de Morais

16/01/2015 - 11h19

Você parece que não entendeu nada de minha objeção, Miguel Do Rosario. Tento ser mais clara: por acaso, há alguma charge do Charlie mostrando uma suruba, não apenas com um rabino, mas com as personagens míticas e fundadoras do judaísmo: Javé, Abraão e Moisés? Se uma charge como essa fosse feita com as 3 figuras centrais do judaísmo, teria sido publicada na França impunemente? Será? De todo modo, parece que nunca foi feita mesmo uma única charge atingindo as pessoas mais sagradas para os judeus. Como não quero ser injusta, se você encontrar, me avisa, ok?

Emilia M. de Morais

16/01/2015 - 11h19

Você parece que não entendeu nada de minha objeção, Miguel Do Rosario. Tento ser mais clara: por acaso, há alguma charge do Charlie mostrando uma suruba, não apenas com um rabino, mas com as personagens míticas e fundadoras do judaísmo: Javé, Abraão e Moisés? Se uma charge como essa fosse feita com as 3 figuras centrais do judaísmo, teria sido publicada na França impunemente? Será? De todo modo, parece que nunca foi feita mesmo uma única charge atingindo as pessoas mais sagradas para os judeus. Como não quero ser injusta, se você encontrar, me avisa, ok?

REINO DE CLIO – VISITAS VIRTUAIS

16/01/2015 - 08h26

O MUHSE, Museu do Homem Sergipano, ligado à UFS, conta, através de suas peças, a História da ocupação do território, desde o homem primitivo, passando pelos invasores portugueses, o ciclo do açúcar, etc. Agora, o site Reino de Clio disponibiliza a visita virtual, com imagens feitas por alunos da UFS para preservação digital do acervo. Vale à pena conhecer. Onde? No Reino de Clio!

http://reino-de-clio.com.br/

mane

16/01/2015 - 07h56

Antissemitismo é crime. Anti-islamismo não? Gozado, a Justiça francesa não tem dois pesos e medidas,claro? Não ,escuro.

    Miguel do Rosário

    16/01/2015 - 08h29

    Não sei, há uma diferença entre criticar e zombar de uma religião e ser ” anti”. Se eu fizer charges de javé e de profetas judaicos, estou apenas zombando, dentro da lei. Se eu fizer piada contra os muçulmanos ou judeus, de maneira preconceituosa, aí estarei sendo antissemita ou anti-islâmico.

Miguel Do Rosario

16/01/2015 - 08h21

Sim, Emilia M. de Morais, fazem o mesmo tipo de suruba com todos, em especial com católicos e vaticano.

    Vinicius

    16/01/2015 - 12h58

    Gostaria de ver uma com judeus, ou protestantes fanáticos americanos. Por favor, me indique uma.

Marcelo Santos

16/01/2015 - 05h16

Discordo do artigo. É perigoso dar liberdade p cometer crimes e ofensas, contando com a punição da justiça. Não estamos em Paris. Basta ver a impunidade da nossa mídia bandida.

    Miguel do Rosário

    16/01/2015 - 06h15

    Acho que você não entendeu. A liberdade não é para cometer crimes ou ofender pessoalmente ninguém. Há leis contra o racismo e contra a injúria, na França. A liberdade é para zombar de dogmas, o poder, e religiões.

Anelise

16/01/2015 - 01h26

Putz! Pelos “excelentes”comentários, vemos realmente que “O problema não é o choque de civilizações, mas o choque de ignorâncias”.(Olivier Bobineau). Miguel, tu és um educador e que paciência!Abaixo, um link que talvez auxilie para melhorar o debate.

http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Como-pensar-para-alem-do-medo/6/32624
JE SUIS CHARLIE!

SERGIO SANTANA

16/01/2015 - 00h23

Acho a liberdade de expressão importante e tem que ser mantida. Mas acima de tudo há de ter respeito, porque mexer na religiosidade das pessoas é ferí-las no seu âmago (é difícil os ateus entenderem porque não conhecem isso).

    Mauro

    16/01/2015 - 12h28

    Mais que isso, é preciso bom senso.
    Todo mundo sabe que existem terroristas muçulmanos, dispostos a matar e morrer em nome de uma causa.Não é surpreso para ninguém o ataque, só isso já é sintomático.

Francisco de Assis

15/01/2015 - 23h41

Um texto bem vira-lata, mas vira-lata cheiroso, rabelaisiano, gauche, français.
.
Mas, enfim, já que o Miguel está em Paris, bem que podia pesquisar tudo nos arquivos Charlie, e nos trazer as duas charges mais ofensivas ao judaísmo e ao cristianismo que encontrar por lá. É claro que não serão estas duas babaquices que ilustram a presente matéria.
.
Pelo que nos conta neste texto, de adoração da cultura francesa e omissão da cultura árabe, podemos esperar certamente que sejam tão ou mais ofensivas que desenhos de Jesus Cristo ou Moisés na posição em que puseram Maomé, nú e de quatro, mostrando o saco e com uma estrela enfiada no rabo?
.
Ou será que não, que o humor Charlie tem dois pesos, duas medidas, com as religiões?
.
Aguardamos.

Emilia M. de Morais

16/01/2015 - 01h40

“Se você pegar as charges do mesmo Charlie Hebdo sobre a igreja católica, o Vaticano, o Papa, o presidente da república, encontrará exatamente o mesmo tipo de estética”. Houve mesmo algum tipo de estética sequer parecida para representar o judaismo, Miguel Do Rosario? Condenemos o crime com toda a veemência, mas que não se venda nem se compre a ideia de uma isenção fundada na tradição laica e anti-clerical francesa. Podem até ter representado algum rabino, tal como um mulá, cardeal ou papa que são todos figuras menores. Contudo chegaram a mostrar alguma suruba com os personagens fundadores do judaísmo: Javé, Abraão e Moisés? Chegaram a representar algum profeta do AT, nu, de traseiro arreganhado, portando uma estrela amarela de 6 pontas? Condenemos o crime, sim, mas não dissimulando ou deixando de enxergar alguns fatos.

ricardo silveira

15/01/2015 - 22h56

Como saber se a liberdade de expressão foi exercida para além da forma devida? Os ofendidos dirão, em regra, que foi exercida para além do devido. E entendo que não há nenhuma maioria que justifique a injustiça sentida por uma minoria. A julgar a absurda reação dos ofendidos, ainda que impossível para um não religioso compreendê-la, é possível perceber o tamanho da agressão. Claramente é um fenômeno que vai além da lei, pois, parece pouco provável acomodar séculos de cultura religiosa em bases essencialmente racionais.

Henrique from Curitiba-Pr

15/01/2015 - 21h58

Miguel do Rosário, quer um conselho? Pare de falar nesse assunto que você se compromete cada vez mais como um membro da reação!

    Miguel do Rosário

    15/01/2015 - 22h30

    AHAHAHAH, já ouvi isso milhares de vezes. Ninguém é dono da verdade, meu caro! Eu sou membro da revolução!

      Henrique from Curitiba-Pr

      16/01/2015 - 08h26

      Miguel, você não entendeu 10% do contexto em que inseri a palavra “reação”! Mas deixa pra lá! Fica como um exercício filosófico para você e estamos conversados!

Jocilene

15/01/2015 - 21h44

Bah mas q assunto chato..cansei!!

#CharliesePhodeu

#EuNaoSouCharlie

Esse artista doente tinha algum problema com cuh dos mulçumanos acho q não foi penetrado por eles por isso o veneno ..tem algum lado psicótico..

Ano q vem a Revista pode combinar outro atentado e emplacar em 4 milhões de vendas…

Teve que merecia e tenho outras nações mais importantes que merecem meu respeito.

André Martins

15/01/2015 - 21h13

Miguel, concordo que a discussão aqui no Brasil vai ter um viés de nossa realidade que é muito diferente que a da França. Porém, acho que dificilmente o escracho praticado pelo Charlie Hebdo não teria efeito algum na xenofobia aos muçulmanos franceses. Isso torna ainda mais tênue a linha que separa o alegado ataque às pessoas (no caso do antissemitismo) de um ataque às instituições (no caso do anti-islamismo). Além disso, a igreja católica, o Vaticano, o Papa e o presidente da república não são minorias políticas (que tem menos voz para se contrapor aos discursos agressivos contra si) nem estão sujeitos à agressões físicas (que podem ser legitimadas por discursos de ódio) seja da polícia ou da política externa francesa. Gostaria de deixar um link que achei interessante: http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/2015/01/je-ne-suis-pas-charlie.html

Marcela

15/01/2015 - 20h57

Na minha opnião eu acho que deveria ser assegurado a todos os cidadãos do mundo o direito de blasfemarem contra quaisquer divindades que desejarem e se buda,brama,allá ou jesus se sentirem ofendidos entao que façam justiça com as proprias maos.

Andre Lux

15/01/2015 - 21h10

É o que estou dizendo até agora, Samuel: para que serve esse tipo de “humor” (que nada tem de engraçado), senão para disseminar ódio e intolerância e gerar mais violência?

Miguel F Gouveia

15/01/2015 - 21h02

Ainda insiste.

Samuel Oliveira

15/01/2015 - 20h50

Não vou entrar nem na questão da dupla moral “criticar religião na frança é bonito”, mais criticar no Brasil “não é bem assim, temos que ver a jurisprudencia”

Mas pelo aspecto lógico mesmo, católico guerrenado com protestante cria problemas práticos tanto aqui quanto na França, como ja ocorreu no passado com católicos e huguenotes( protestantes da época) e… está ocorrendo agora…

Aqui no Brasil a gente não faz piada com religioso e advinha… não morre gente por causa de religião… mas a gente faz piada com gay e advinha… a gente faz piada com negro, e…

A gente faz piada com cruzeirenses e atleticanos… e advinha, morre gente por ser cruzeirense e e por ser atleticano.

Então… há uns anos atrás o Datena estava a um passo de fazer piadas com ateus….

gg

15/01/2015 - 18h50

E que saber parei de ler. Voce acredita em saci perere.

gg

15/01/2015 - 18h46

Pra contraditar seu paragrafo em q voce vai a frança. Voce deveria ter ido a nigéria.

gg

15/01/2015 - 18h44

Só pra contraditar seu primeiro paragrafo digo qué a contrário sensu

Carlos Ravara

15/01/2015 - 20h41

Israel é um Estado genocida e seus líderes militares e políticos deveriam ter o mesmo destino de Slobodan Milosevic.

Arnaldo Pereira

15/01/2015 - 20h39

Miguel, “talvez proteja mais os judeus”? Favorece descaradamente! É uma puta hipocrisia! Não sua, mas da lei francesa interpretada por franceses bem nascidos, herdeiros de colonizadores que dominaram países muçulmanos e agora não conseguem lidar com 10% da população que professam a fé islâmica, mas são pobres. Judeus são tradicionalmente ricos, e os ricos são protegidos em todas as instâncias do mundo capitalista.

Carlos Ravara

15/01/2015 - 20h36

Concordo, Andre; mesmo o escárnio deveria ser limitado pelo bom senso.

Andre Lux

15/01/2015 - 20h28

Ué, mas então qual seu argumento? Você diz que os desenhos ofensivos do Charlie são de esquerda, mas não explica por que… Até agora ninguém explicou, por sinal. Somos de esquerda, então vamos sair por aí desenhando a mãe dos políticos do PSDB com coisas no rabo! Uhhhhhuu!!

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h27

bem, estou saindo. abraços

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h26

nada é só arte. isso não existe

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h26

andre voce conhece o charlie nos anos 70, 80, 90 e 2000 e 2010?

Andre Lux

15/01/2015 - 20h26

Então os desenhos do Charlie eram mera “arte”, sem qualquer outro significado. Entendi. Só que não…

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h26

e no entanto é considerado uma obra-prima do renascimento

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h25

andre lux a mesma coisa vale para o rabelais, qual a contribuição para o mundo daquela apologia à bebedeira, qual o ensinamento do capítulo em que gargantua ensina ao pai como melhor lavar a bunda?

Andre Lux

15/01/2015 - 20h25

Não estou sofismando, estou apenas aplicando seu argumento de que o Charlie era ótimo nos anos 70 e de que também produzia coisas boas mesmo agora e os aplicando na Veja, que também pode ser defendida do mesmo modo…

Andre Lux

15/01/2015 - 20h24

Miguel Do Rosario, vc é um cara muito mais inteligente e culto do que eu, então talvez possa me explicar em que sentido aqueles desenhos de gente de quatro com coisas enfiadas no cu ou se enconxando contribuem para o mundo? Em que sentido eles fazem pensar? O que eles estão satirizando?

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h24

André Lux, está sofismando de novo. O lance da Veja é pesquisa do IESP e UERJ, e não estou entendendo onde você quer chegar. Você já disse que não gosta do Charlie, ok. Estou explicando que, pela lei e pela cultura francesa, esse tipo de coisa não é criminalizado.

Fabrício Procópio

15/01/2015 - 20h22

Boa questão, um artigo tratando especificamente do Dieudonné, seria mesmo diferente desse?

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h21

Mas isso não é culpa do Charlie, Arnaldo. É a lei francesa, que talvez de fato proteja mais judeus do que muçulmamos, em vista dos traumas da II Guerra. Eles dizem que o que Dieudonné faz é diferente das charges do Charlie.

Andre Lux

15/01/2015 - 20h21

A Veja não acabou de fazer uma coisa boa, ao eleger Aécio o pior senador do Brasil em 2014, Miguel Do Rosario? Então “Somos Veja” também por causa disso??

Arnaldo Pereira

15/01/2015 - 20h20

Miguel, “conceito de liberdade de expressão que protege o indivíduo de carne e osso”, tudo bem na teoria, mas o humorista Dieudonné tá ferradaço por lá e já foi preso por seu comentários considerados antissemitas. Tacar o pau em muçulmanos pode, em judeus, nem pensar.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h20

ué, fez coisas boas?

Andre Lux

15/01/2015 - 20h19

Conheço sim. E fez coisas boas, mas as ruins são MUITO ruins e são indefensáveis.

Fabrício Procópio

15/01/2015 - 20h19

Diga-se de passagem, seu artigo, que concordo em parte, é simplesmente sensacional!

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h18

Você está sofismando. Eu perguntei se você conhece o jornal ou só 3 ou 4 charges. E o que diz da matéria que linkei?

Andre Lux

15/01/2015 - 20h17

Ele pode ter sido uma maravilha nos anos 70, meu caro. A Veja um dia também foi bacana, lembra?

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h16

Andre Lux Você acompanha o Charlie desde os anos 70 para saber se o jornal era só isso, ou você entrou na turma dos linchadores após ver 3 ou 4 charges que não gostou? Ano passado, eu usei uma matéria muito boa do Charlie que denunciava as relações de Marina com o “rei do amianto” https://www.ocafezinho.com/2014/09/28/jornal-frances-acusa-marina-de-ligacoes-com-bandido/

Andre Lux

15/01/2015 - 20h14

Poxa, como não? A manipulação faz até gente aqui do Brasil virar “Eu Sou Charlie” e defender um jornaleco de quinta que praticamente só vivia publicando desenhos ofensivos e escrotos…

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h12

Ninguém mais comprava revista, André, nem as que gostam. Eu gosto da Carta Capital, mas não compro. E manipulação midiática não bota 4 milhões na rua. Não mesmo.

    henrique de oliveira

    16/01/2015 - 09h59

    O que bota 4 milhões nas ruas da Europa é o desemprego.

    Mauro

    16/01/2015 - 12h49

    Não mesmo,

    é o medo, porque está atingindo a eles.

    É pura hipocrisia e demagogia, além de inútil.Terrorista nenhum vai deixar de fazer atentado por conta dessa palhaçada.Eu queria ver esses mesmos franceses fazerem manifestação igual pela fome na áfrica dos países colonizados por seus antepassados!Gostaria de ver manifestação contra o imperialismo anglo-sionista-americano, apoiado por seu país.Gostaria de ver também um multidão como esta pedir a prisão do G.W.Bush por ter mentido para invadir o Iraque e colocar o país num caos social, político e econômico.Eles só se manifestaram por puro egoísmo, porque eles podem se tornar vítimas, nada além disso!Não tem nada de humanismo, altruísmo, generosidade ou qualquer outro valor nobre!

Andre Lux

15/01/2015 - 20h11

Gostavam mas não compravam. Entendi. Faz sentido. E foram às ruas por causa do jornal e não pela implacável manipulação midiática que transforma um atentado terrorista em atentado à liberdade de expressão…

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h10

Agora voltaram a comprar.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h10

Eles acham normal, e gostam, tanto que 4 milhões de pessoas foram às ruas por ele. Mas não estavam comprando, não sei se por não gostarem, não sei se pq hoje ninguém mais compra revista.

Andre Lux

15/01/2015 - 20h09

Ah, então os franceses não são tão idiotas assim para acharem normal um lixo daqueles.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h08

Andre Lux não estava dando tão certo, visto que eles estavam quase falidos. O atentato terrorista é que mudou

Andre Lux

15/01/2015 - 20h08

Por que então o jornal estava em franca de cadência há anos? Nem os franceses aguentavam mais aquilo, pelo jeito.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h07

André, foram feito para os franceses. O jornal é vendido na França.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h07

Sim, Fabrício, concordo. Nosso gosto é diferente do francês. Para eles, no entanto, isso tb é liberdade.

Andre Lux

15/01/2015 - 20h07

Mas os desenhos não foram feitos para os franceses, mas sim para os muçulmanos, né? Com a única intenção de provocar mais ódio e intolerância para ver se conseguiam alguma polêmica e aumento das vendas. Deu certo.

Fabrício Procópio

15/01/2015 - 20h06

*criar

Fabrício Procópio

15/01/2015 - 20h06

Não tem nem conversa, analisando as charges pelo meu conteudo e vivencia de Brasil, é pura e simplesmente condenável. Isso não é liberdade de imprensa, mas sim ofensas deliberadas e direcionadas. Não interessa a religião, condenaria tb uma charge contendo uma orgia com uma vaca, escrito “Indianos”… Mas pra quem analisa com certa vivencia de França, não é nada demais… Já os ataques, absurdo inconcebível. Não proibiram o jornal de criarem charges, mataram os chargistas…

Andre Lux

15/01/2015 - 20h04

Ou de mais um atentado organizado pela CIA e seus aliados, travestido de islâmicos fanáticos?

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h03

não, não protegeram as pessoas de carne e osso, de extremistas assassinos e covardes

Andre Lux

15/01/2015 - 20h02

Parece que não protegeram muito bem as pessoas de carne e osso, no caso, né? Li sim, apenas não concordo.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h02

samuel, estamos falando da frança. do brasil é outra história. ainda temos que construir uma jurisprudência aqui sobre isso. mas chutar a santa no jornal da universal é muito menos grave do que fazê-lo numa concessão publica.

    Joca de Ipanema

    15/01/2015 - 18h19

    Eu vi na TV.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 20h00

você acha mau gosto, eu também acho, mas e daí? a regulação da mídia não é para isso. nunca vai regular conteúdo do impresso. andré, se você ler o post, e pelo jeito não leu nem no primeiro parágrafo, verá que uma distinção básica no conceito de liberdade de expressão francês é proteger o indivíduo de carne e osso, mas liberar para críticas, e até blasfémias contra dogmas, religiões, etc. é a lei deles.

Andre Lux

15/01/2015 - 19h59

Eu, por exemplo, critico, ironizo e denuncio os políticos e governos da direita há anos, inclusive usando e criando charges e memes. Já fui até processado por isso – e ganhei.

Agora, imaginem que eu crie uma charge ou um meme com a mãe de um dos políticos que quero criticar. Pode ser ela de quatro com algo enfiado na bunda ou então faço uma montagem com uma foto dela em cima de uma imagem pornográfica.

O que vocês acham que ia acontecer nesse caso? Poderia até ser morto. No mínimo os caras iam arrancar meu coro em dezenas de processos.

Aí eu vou dizer: “Puxa, mas eu sou um cara tão legal, de esquerda, bacana, humanista! Será que merecia mesmo ser morto só por causa de uma figura assim?”.

Andre Lux

15/01/2015 - 19h58

Então, a Veja também pode fazer o que bem entender. Pra que lutamos por regulação da mídia então?

Samuel Oliveira

15/01/2015 - 19h58

O Universal tem um jornal de distribuição gratuita. Lá vai poder chutar a santa?

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h58

chutar uma santa numa tv concessão pública, é diferente de fazer uma charge num jornal impresso, que vive de assinaturas

Andre Lux

15/01/2015 - 19h58

Criticar as religiões é uma coisa. Fazer desenhos nojentos e grotescos de profetas de quatro com coisas enfiadas no rabo é outra bem diferente.

Samuel Oliveira

15/01/2015 - 19h57

Você acha simpático criticar a religião porque só consegue enxergar ateus criticando a religião.

Mas a qualidade de vida de um ateu também piora num mundo em que um pastor chuta uma santa na TV. 

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h57

https://www.facebook.com/cnpcf

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h55

é

Andre Lux

15/01/2015 - 19h55

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h55

não estou falando de franceses exatamente, mas da cultura francesa, especialmente da esquerda. e charlie era um jornal respeitado da esquerda francesa.

Celso Orrico

15/01/2015 - 17h54

esqueci. Não sou Charlie..rs

Roberto

15/01/2015 - 17h54

Miguel do Rosário, você está mais por fora que os traseiros expostos das charges do Charlie Hebdo! Para começo de conversa, o atentado muito provavelmente nem foi cometido por quem acabou sendo acusado. Simplesmente não faz o menor sentido indivíduos com exímio treinamento executarem tal operação com impecável perfeição e… deixarem um documento de identificação no local do atentado!!! Fico impressionado com a facilidade que a mídia corporativa tem de vender as histórias mais inverossímeis! Disse antes e volto a repetir: isso é coisa de gente de operações especiais, claramente uma “false flag op”, para criar uma comoção pública que permita passar leis para aumentar o arrocho sobre a já marginalizada população muçulmana e imigrantes, e tornar mais palatável à “humaníssima” opinião pública francesa a participação da França nos ataques contra o ISIS/ISIL/Daesh na Síria e no Iraque, ataques estes que são meros pretextos para destruir a infraestrutura dos referidos países e lhes saquear recursos naturais.

Andre Lux

15/01/2015 - 19h54

Quer dizer TODOS os franceses são assim? E TODOS estão apoiando o lixo que o Charlie publicava? Não, né.

    Joca de Ipanema

    15/01/2015 - 18h22

    Ainda não entendestes nada. Não é apoiar ou não o conteúdo, é apoiar o direito de fazê-lo. Quem se sentir ofenduido, procura a justiça.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h53

fazem isso com todos.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h53

eu sei, andré. mas estamos na frança. leia o post. os franceses tem tradição do escândalo, desde rabelais.

Celso Orrico

15/01/2015 - 17h53

Miguel, já no SEC XVII Gregório de Matos o famoso Boca do Inferno la na Bahia com sua atitude irreverente perante à Corte e a Igreja , sofreu exílio para Angola por suas idéias..

Samuel Oliveira

15/01/2015 - 19h52

Chico Buarque comprovou que nenhuma censura detém a finesse.

Mas ai é questão de gosto.

Agora, mesmo pelo aspecto tático, acho que vocês estão subestimando o que um Sheherazade pode causar usando como escudo esse seu nobre ideal.

yacov

15/01/2015 - 17h52

Ninguém é contra os CHERLIES. ninguém merece morrer por fazer piada, por mais sem graça que seja. O que não se pode apoiar é o uso da morte dos caras por facções ultra-conservadoras e assassinas, que estão cag… e andando para qualquer liberdade de expressão que não seja a sua. Só não pode criticar os JUDEUS, é ?!?

JE SUIS BADAWI !!!

JE SUIS DIDOUNÈ !!!

“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO de SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

Andre Lux

15/01/2015 - 19h52

Dois pesos e duas medidas? E quem disse que mereciam ser fuzilados? Isso é um reducionismo tosco. Ninguém merece ser fuzilado, porém pessoas são fuziladas até por causa de jogo de futebol e briga de trânsito…

ymara

15/01/2015 - 17h51

Muito bem colocado.. obrigada pelo texto!

Carlos Trindade

15/01/2015 - 19h50

o artigo do boaventura merece reflexão…

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h49

Se você ler o artigo, verá que eu li e verá que comentei. E não defendi o jornal. Só que ele foi demitido, não fuzilado.

Samuel Oliveira

15/01/2015 - 19h49

Pagar por não poder falar grosserias? oche…. o desafio intelectual é ofender da forma mais elegante e fina possível…

Nivelar por baixo só favorece aos coxinhas adolescentes.

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h47

Peguei na ferida, hein Samuel Oliveira? Associar liberdade de expressão à Reinaldo Azevedo é um erro primário. E quem pagará por ele somos nós

    décio

    15/01/2015 - 20h07

    “à Reinaldo Azevedo”. Tu és um analfabeto mesmo.

Andre Lux

15/01/2015 - 19h46

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h45

Mudei o link para o Viomundo. Quem propaga ódio e intolerância? Charges que satirizam a Igreja Católica?

Andre Lux

15/01/2015 - 19h44

Desculpe, mas propagar ódio e intolerância não são valores da esquerda.

    décio

    15/01/2015 - 20h06

    Não mesmo. “Valor” da esquerda é meter todo mundo no paredão.

Samuel Oliveira

15/01/2015 - 19h43

“Não concordo. Foi sim, um atentado precisamente à liberdade de expressão, porque eles foram mortos por causa de suas charges de Maomé.”

Nem isto esta esclarecido ainda, eles podem ter sido mortos apenas por causa da repercussão de uma ataque a algo que era contrário ao Islã. O segundo ataque foi numa loja que vendia alimentos Kosher e ninguém ficou elucubrando que foi um ataque a culinária judia. As charges podem ser equivalentes do alimentos kosher, seu valor é referencial ao “inimigo” e não propriamente um insulto em si.

E como não associar liberdade de expressão ao Reinaldo de Azevedo? E que ela significa no dia-a-a dia e não esse ideal vago e nostálgico , que eu como um pessoa prática, não sei aonde se encaixa – talvez seja um dogma religioso do jornalismo que deveríamos respeitar . Ou talvez não, porque a iconoclastia está na moda…

Miguel Do Rosario

15/01/2015 - 19h42

Artigo do Veríssimo. Ele gosta, e muito, do Charlie. E ele conhece o jornal.

Andre Lux

15/01/2015 - 19h41

Seria a “esquerda que a direita gosta”? E… O Globo??? Sério, Miguel Do Rosario??

Vitor

15/01/2015 - 17h39

Parabéns Miguel, achei muito bom o texto e concordo com você! Je suis Charlie! Abraços!

Adamastor Xexéu

15/01/2015 - 17h12

Quanta bobagem….
Comece a medir sua audiência, seu nº^de visitantes…

    Miguel do Rosário

    15/01/2015 - 17h16

    O que tem a ver audiência e números de visitantes com este debate?

      Willian

      15/01/2015 - 17h27

      O nº De visitantes vai saltar.

      Brasileiro adora um arranca rabo


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