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Novos tempos no Maranhão

  O novo tempo que se inicia no Maranhão Por Theófilo Rodrigues Em tempos em que governadores aprovam pensões vitalícias para eles próprios, usam helicópteros e jatinhos para viagens particulares periódicas, aumentam seus salários e nomeiam assessores e motoristas que os servirão pelo resto da vida, dá um pingo de esperança ver o que o […]

22 comentários
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O novo tempo que se inicia no Maranhão

Por Theófilo Rodrigues

Em tempos em que governadores aprovam pensões vitalícias para eles próprios, usam helicópteros e jatinhos para viagens particulares periódicas, aumentam seus salários e nomeiam assessores e motoristas que os servirão pelo resto da vida, dá um pingo de esperança ver o que o novo governador do Maranhão está fazendo.

Eleito em outubro de 2014 com uma grande vitória sobre a família Sarney, Flávio Dino mal tomou posse e já anunciou medidas que impressionam. Medidas simples, mas que têm o potencial de levar aquele estado tão castigado por anos de patrimonialismo para um novo patamar econômico, político e social.

Em seu discurso de posse o primeiro governador comunista da história do Brasil listou 17 ações que já começaram a ser implementadas.

Apontando para uma gestão educacional mais democrática, o governador anunciou em seu discurso de posse que a partir de agora todas as escolas da rede pública estadual terão seus diretores escolhidos através de eleições diretas com a participação de estudantes, professores e funcionários.

Através do Decreto 30620 será instituído o Programa Escola Digna que eliminará as insalubres escolas de taipa e de palha que vergonhosamente ainda existem no Maranhão. Ainda sob a perspectiva educacional o governador encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que cria o Programa Mais Bolsa Família Escola. Esse programa visa oferecer recursos anuais para os materiais didáticos das crianças que recebem atualmente o Bolsa Família.

São conhecidas as relações das velhas oligarquias rurais com os latifúndios improdutivos e o poder político. Conhecedor profundo e admirador de Victor Nunes Leal (ver o livro Coronelismo, enxada e voto) Dino não deixou esse tema passar batido. Não à toa entre suas primeiras ações está a Medida Provisória 187 que cria a Secretaria de Agricultura Familiar para fomentar uma nova, rica e democrática produção agrícola no estado.

Outra secretaria a ser criada é a Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular. Essa secretaria será a responsável pelo orçamento participativo, ou seja, pela consulta popular sobre o destino do orçamento estadual, bem como pelos conselhos temáticos de políticas públicas. Ela assumirá, por exemplo, o “Pacto pelo IDH” que cuidará do desenvolvimento humano e social de todas as cidades do estado.

A democratização da mídia é outra prioridade do governador. Entre suas ações prometidas está o fortalecimento da rádio pública (Rádio Timbira) que estava sendo sucateada nos últimos anos, a redistribuição das verbas de publicidade para desconcentrar o oligopólio midiático e a expansão da rede de internet de Banda Larga que hoje alcança apenas 10% da população do estado.

Há também as mudanças simbólicas que visam enterrar de vez o patrimonialismo naquele estado. É o caso do Decreto 30611 a partir do qual será vendida a “Casa de Veraneio do Governador”, bem como o Decreto 30618 que proíbe os nomes de pessoas vivas em logradouros e prédios públicos.

Fosse vivo, o economista marxista maranhense Ignácio Rangel estaria orgulhoso de assistir ao que ocorre hoje em seu estado. Não viveu para ver, mas suas ideias estão aí influenciando diretamente Flávio Dino.

Claro, serão quatro anos difíceis ante as pretensões colossais do novo governador. Depois de 50 anos de permanência no poder da família Sarney, a cultura patrimonialista incrustou-se por todo o aparelho público do estado e não deixará de existir de um dia para o outro. É por essa razão que Dino precisa de todo o apoio da sociedade civil brasileira para levar esse desafio adiante. Pois o futuro do Maranhão é o futuro do Brasil.

Theófilo Rodrigues é cientista político

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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décio

15/01/2015 - 20h04

Ué, pode falar mal do Sarney, que “NÃO É UMA PESSOA COMUM”, como diz o cafajeste Luiz Inácio?

Eduardo Barreto

13/01/2015 - 07h55

BOM DIA! INFELIZMENTE NAO E PRIVILÉGIO DO MARANHAO, AQUI NA BAHIA JACQUES WAGNER ANTES DE DEIXAR O GOVERNO CRIOU UMA LEI EM QUE OS GOVERNADORES TERAO MOTORISTA R SEGURANCA ENQUANTO VIVER. EU ACREDITAVA NESSE CANALHA!!!

narsizabtista

11/01/2015 - 16h39

Um sopro de esperança.

Heitor

11/01/2015 - 00h37

“a redistribuição das verbas de publicidade para desconcentrar o oligopólio midiático” Já imagino que a midia vai “bater” nele, tal qual faz com o Haddad.

Airton Faé

11/01/2015 - 01h28

Bah e tudo isso sem os Sarney s e do apoio Lula/ Dilma.

Emilson

10/01/2015 - 21h56

O Governador do Maranhão deveria rever, pelo menos no primeiro momento, a escolha dos diretores de escolas através de eleições. Os quadros ligados ao governo derrotado costumam ter grande influência junto aos pais de alunos e dos professores. Na Bahia, a Secretaria de Educação sempre foi aparelhada e tornou-se um feudo do carlismo, mesmo após 8 anos de governo do PT os diretores ligados ao carlismo continuam tendo grande influência no controle das escolas públicas. Fazem campanha camuflada contra o governo, até a doação de fardas para os alunos eles criticam, dizem que é feia e orientam os alunos a fazerem manifestações e chamarem a imprensa. Um outro fato grave é a industria de atestados médicos, um grande número de professores vivem apresentando atestados médicos para não trabalharem. Tem professor que ensina na rede pública e privada, ficam doentes para dar aulas na rede pública e gozam de perfeita saúde para dar aulas nas escolas privadas.

Kaká

10/01/2015 - 16h26

Daqui a pouco o TCE (que deve estar cheio de amigos da família, até porque são nomeados pelos próprios) desaprova as contas dele e ele passa a ser político de ficha suja. Querem apostar quanto? … No mínimo será apenas um mandato.

Fábio Lima

10/01/2015 - 11h09

Lula e o petê é que estão tristes com a queda desses fidelíssimos aliados. Se dependesse do petê , o clã dos Sarney governaria o Maranhão pela eternidade. É pena que não haja muitos Flávios Dinos no restante do norte/nordeste. Um sujeito como ele, que não negocia em torno de propinas, mas em torno de programas, não interessa a Lula nem ao petê!

    Miguel do Rosário

    11/01/2015 - 13h27

    Não é verdade. A militância do PT no Maranhão, e no resto do país, foi toda de Flavio Dino.

      Vitor

      12/01/2015 - 10h43

      A militância pode até ser, mas o depoimento PESSOAL de Lula pegou mal pra caramba! Desnecessário pedir pro povo votar em um candidato que ele sabe que seria pior para os mais pobres… Tudo bem que política é política, mas nesse caso, pra mim, o Lula extrapolou todas as barreiras, foi vergonhoso!

Lave e Raspe

10/01/2015 - 10h20

Alguem poderia fotografar uma dessas escolas de taipa e por na NET por grande favor? Registrar o inicio das mudanças.

Felicito e encorajo o governador Dino para as mudanças.

mineiro

10/01/2015 - 09h20

que os sarney e toda sua corja vai de cabeça para baixo direto para o inferno.

mineiro

10/01/2015 - 09h18

nao é de se esperar de um grande partido e uma pessoa que quer mudar as coisas , parabens mesmo e nao da tregua aos sarney sanguessuga e que tanto sugou o povo do maranhao. ai maioria facista e nazista de sp , aprende com o povo do maranhao, desde de xingar os nordestinos , aprende a votar igual a eles kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk vai buscar agua no tiete maioria facista de sp. eu estou usando agora o termo maioria de sp em respeito aos outros que nao compactua e nao merece estar no mesmo bolo.

    Fábio Lima

    10/01/2015 - 11h13

    ” ai maioria facista e nazista de sp , aprende com o povo do maranhao” . O povo do Maranhão é que aprendeu com o povo de São Paulo. Há muito o paulista não vota no petê nem em seus aliados, como fez agora o povo do Maranhão, ao não eleger o candidato ao governador apoiado pelo petê”

mineiro

10/01/2015 - 09h14

parabens governador pelas medidas e outras mais que virao. governo que quer governar para o povo tem que entrar no embate e bater de frente contra o cancer que existe a anos no poder e nao quer sair de jeito nenhum. governo que quer governar em coalizão , é governo frouxo e covarde. quem quer governar mesmo de verdade tem que enfrentar polemicas e desafios sem medo. é caso do governador do maranhao , ta indo para cima dos poderosos que tanto castigou o povo do maranhao na pele dos desgraçados malditos dos sarney. ai pt covarde aprende com ele.

Diniz PH Procópio

10/01/2015 - 03h38

A mar aturar deveria divulgar a seguinte frese” venha conhecer o MARanhao

Clarice Salazar

10/01/2015 - 02h11

Graca Mota Jeferson Salazar

Clarice Salazar

10/01/2015 - 02h10

Olha isso Paulo César Mendes! Uma esperança para o nosso Maranhão

    Paulo César Mendes

    10/01/2015 - 02h30

    Verdade!! Que tudo isso e muito mais, se concretize! :) O futuro do Maranhão é o futuro do Brasil!!

Carlos A. M. dos Santos

09/01/2015 - 23h14

O atraso político que vivemos é tão grande que tomar medidas simples e coerentes com a realidade da maioria do povo causa espanto. De qualquer modo, parabés a Flávio Dino e ao povo do Maranhão por ter tido a lucidez de pôr fim à dinastia Sarney.

Alexa Archer

09/01/2015 - 23h58

Tai gostei dos avanços no MA!!!

Lucas Sposito

09/01/2015 - 22h29

Nem sei a história desse cara, mas gostei de suas atitudes iniciais descritas aqui. Esse programa de bolsa para a compra de materiais escolares deveria ser copiado pelo governo federal.


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