Essa matéria da Economist faz algumas comparações arrepiantes entre o tamanho da Globo no Brasil e o tamanho das principais TVs norte-americanas.
Arrepiante por duas razões: 1) eu, que escrevo há anos sobre mídia, nunca tive acesso a essa informação; 2) agora temos noção melhor do papel nocivo da Globo na democracia brasileira.
A parte da reportagem que mais me interessou, como eu disse acima, foi a comparação entre Brasil e EUA, feita nos dois primeiros parágrafos. Eu mesmo traduzo:
Quando a Copa do Mundo começar no dia 12 de junho, dezenas de milhões de brasileiros irão assistir às festas na TV Globo, o principal canal aberto da televisão do país. Mas para a Globo será apenas mais um dia de grande audiência. Não menos que 91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, passa pelo canal durante o dia: o tipo de audiência que, nos EUA, acontece apenas uma vez ao ano, e apenas para o canal que ganha o direito, naquele ano, de exibir o Super Bowl, o jogo dos campeões do futebol americano.
A Globo é certamente a empresa mais poderosa do Brasil, dado o seu alcance em tantos lares. O seu concorrente mais próximo, a Record, tem uma audiência de apenas 13%. O canal de TV mais popular dos Estados Unidos, a CBS, tem apenas 12% da audiência durante o horário nobre, e seus principais concorrentes oscilam em torno de 8%.
(…)
Em outro trecho da matéria, comenta-se o poder da Globo de moldar comportamentos no Brasil. “Seus programas também moldam a cultura nacional”. Não é assustador que esse poder fique concentrado em mãos de uma só empresa, de uma empresa que, por sua vez, consolidou-se na ditadura e que tem uma postura fortemente partidária e ideologizada?
A revista comenta que, em outros países latino-americanos, como na Argentina e no México, os governos estão combatendo o excesso de poder da mídia, mas o “governo brasileiro é mais dócil em relação aos proprietários de mídia”.
Repare que a Economist sequer faz qualquer reparo “antibolivariano”, tanto que ela toma o cuidado de citar um governo de esquerda (Argentina) e um de direita (México).
E aí, Dilma, agora entende porque precisamos de uma lei para dar fim a esse monopólio? A hegemonia da Globo já está causando estranheza internacional!
O mundo está olhando mais para nosso país e uma das coisas que o tem surpreendido negativamente é a concentração midiática, que é uma faceta de nosso atraso cultural e político.
Afinal, queremos ou não ser um país democrático?
sergio
10/06/2014 - 03h06
E vai continuar assim enquanto o brasileiro achar que ele é um vira-lata, e que o País não presta, como a Globo o faz pensar.
Midionauta
09/06/2014 - 22h19
Cafezinho! Você vai adorar essa: o Manhattan Connection “repercutiu” o artigo incômodo da Economist sobre a Globo: 15 segundos de nada e um “É isso aí” https://www.youtube.com/watch?v=fumxdT2dPUA&feature=youtu.be
Reinaldo Pellegrino
08/06/2014 - 20h39
http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/latifundiarios-da-midia-tremei-7619.html
Marcel Silva Nascimento
08/06/2014 - 05h09
Silvan Araujo
Anderson Brasil
08/06/2014 - 02h28
Isso eu também queria saber Renato Inácio Pereira. Estava discutindo isso com um amigo hoje à tarde. A minha opinião é que Dilma cometeu um erro tático ao não comprar essa briga já no primeiro ano de seu governo (que foi o auge da popularidade do Lula e do PT), mesmo arriscando a governabilidade. Enquanto tiver essa mídia, nenhuma das reformas de base anda.
Sérgio
07/06/2014 - 18h13
Pela liberdade dos cidadãos.
Abaixo a ditadura do PIG.
Lucia Romcy
07/06/2014 - 18h35
há anos ditando e cagando modas e regras…
Péricles Bomfim de Carvalho
07/06/2014 - 18h17
Sempre me indignou a lavagem cerebral praticada pela Globo.
Péricles Bomfim de Carvalho
07/06/2014 - 18h14
Sempre me indignou a lavagem. Cersbdal
Renato Inácio Pereira
07/06/2014 - 17h17
Se a Dilma ganhar, vocês acham que essa lei de meios sai ou não sai?
Alexandre Augusto de Paiva
07/06/2014 - 17h13
Meu Deus! O que será do meu MENGÃO sem Groubo?
JC
07/06/2014 - 14h04
As duas!
Nailza Ramos
07/06/2014 - 16h43
DEMOCRATIZAÇÃO JÁ…. JÁ…. JÁ…
Rafa Bruza Wacked
07/06/2014 - 15h54
Acho esse texto da Economist não vai ganhar espaço na Globo como outros q são do interesse dela rsrs. O brasileiro tem vergonha dos problemas sociais mas aceitam uma televisão que é reflexo e causador desses problemas sem questionamento
Paulo Joel
07/06/2014 - 15h38
Está na hora de quebrar a perna deles.
Vanderly Damasceno Dutra
07/06/2014 - 15h32
Abaixo o monopolio das comunicações…
Celia Maria Rodrigues Silva
07/06/2014 - 15h25
Compartilhado.