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Pizzolato tem sua primeira vitória na Justiça italiana

Segundo Andrei Neto, correspondente do Estadão em Paris, que está em Bolonha acompanhando o julgamento de Pizzolato, as juízas decidiram adiar a decisão sobre sua extradição para o dia 28 de outubro, dois dias depois do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. Com isso, agora está totalmente fora de questão a possibilidade da mídia […]

15 comentários
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Segundo Andrei Neto, correspondente do Estadão em Paris, que está em Bolonha acompanhando o julgamento de Pizzolato, as juízas decidiram adiar a decisão sobre sua extradição para o dia 28 de outubro, dois dias depois do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil.

Com isso, agora está totalmente fora de questão a possibilidade da mídia corporativa, que faz oposição ao governo federal, e em especial a Globo,  transformar a extradição em factóide eleitoral que possa desgastar Dilma Rousseff.

A decisão é uma primeira vitória da defesa de Henrique Pizzolato. A Justiça italiana teve a sensibilidade de agendar a data do julgamento para dois dias depois das eleições no Brasil. Sensibilidade que o STF não teve, quando sempre agendou os principais julgamentos para momentos eleitorais decisivos.

É uma derrota sobretudo para a Procuradoria Geral da República e para Joaquim Barbosa, que ainda é presidente do STF.

O que está em julgamento é mais do que Pizzolato, é a disputa entre o modelo, arcaico, medieval, vingativo, da Justiça implementada por Ayres Brito, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, com apoio da mídia nativa, e o modelo moderno, humanista, da Justiça europeia.

Se a extradição for negada, o governo brasileiro avisou que irá pedir novo julgamento na Itália. O próprio ministro confirmou isso.

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PS: Segundo uma das jornalistas presente no julgamento, se o governo brasileiro tivesse enviado os documentos sobre a situação dos presídios, a Justiça italiana poderia ter, desde já, negado a extradição. A jornalista me disse que a defesa de Pizzolato está muito bem fundamentada.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Valter Moreira Figueiredo

07/06/2014 - 03h36

FHC que comprou a reeleição também vai pra papuda aquela reeleição que quebrou o Brasil 3 vezes e enfiou no rabo + de 100 estatais .

Suzana De Souza Leão

07/06/2014 - 02h39

(y)

Sonia Beligerante

06/06/2014 - 05h17

Um processo na Itália é tudo o que se precisa para se estabelecer o contraponto com o processo espúrio que houve no Brasil. Uma absolvição na Itália significará a contestação de todo o processo no Brasil. Muita gente vai ficar com cara de tacho.

Sarinha Rocha

06/06/2014 - 01h43

Ilze Scamparini não curtiu isso!
Kkk

Paulo Fonseca Rodrigues

05/06/2014 - 21h44

Ê apenas avisar a justiça italiana que ainda temos vagas na Papuda. Mas sejamos breve, pois pelos acontecimentos aqui em Pindorama, logo logo não teremos mais espaço para tantos covardes.

maninholeite

05/06/2014 - 18h38

Enfim respiramos ares de boas notícias.

marco

05/06/2014 - 18h24

talvez possa entender verificando que no artigo o governo brasileiro informa que se o pedido de extradição for negado pedirá um novo julgamento na itália mesmo, por enquanto o que se está arguindo é que ele é um fugitivo e não quanto ao julgamento da ap470

Vitor

05/06/2014 - 17h46

Miguel, qual a situação dele até outubro?

Tovinho Régis Remanso

05/06/2014 - 20h41

Um “palanque” a menos para 2014.

Meire Ferrari

05/06/2014 - 19h50

otimo, novo golpe na mídia corporativa.

Nikola

05/06/2014 - 15h42

Para mim, parece muito com uma derrota. Se tudo o que é necessário para o julgamento é saber se as prisões brasileiras podem ou não garantir a dignidade de Pizzolato, então ele vai voltar em outubro !
O mais interessante é que a defesa de Pizzolato, segundo a grande mídia, não está baseada na falsidade das acusações, mas na falta de boas prisões no Brasil. Todos os que vi defendendo Pizzolato afirmam que ele é inocente de todas as acusações. Li o inquérito 2828 da PF sobre a VISANET. O nome de Pizzolato não foi citado NENHUMA vez. Isto me leva a acreditar na tese da inocência. Daí, não posso entender que a defesa não use este e outros argumentos – como por exemplo, o da negação de distribuição para a justiça comum.

    Miguel do Rosário

    05/06/2014 - 15h43

    Não. Em outubro recomeça todo o processo, com direito a vários recursos.

Marco Vitis

05/06/2014 - 15h23

Será que o Tribunal da Itália está ciente das aberrações jurídicas cometidas pelo Presidente do STF com relação à execução das penas ?

Vera Lúcia Piesanti Molinar

05/06/2014 - 17h53

a velha mídia adiou essa decisão.

Renecéya De Mello Assis

05/06/2014 - 17h36

Boa!!!!!!


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