Dessa vez foi uma manifestação quase poética, que reuniu de oitenta a cem pessoas. Fizemos um protesto pequeno, mas gigante em sentido, beleza e contexto histórico. Havia uma bandinha que tocou marchas famosas. Um carro de som onde as pessoas faziam discursos. Substituímos o nome da rua Irineu Marinho para Leonel Brizola. Lançamos grandes bolinhas de papel jornal na parede do edifício. Um operador seguia no alto do carro projetando vídeos de discursos do Brizola nas fachadas dos prédios. Ao final, foi realizada uma assembléia popular para discutir objetivamente o que deve ser feito para modernizar e democratizar a mídia.
Bem diferente dos protestos histéricos e “pacíficos” que os coxinhas fazem por aí, que terminam sempre em quebra-quebra, reunindo um bando de playboys desocupados e agressivos.
O Cabral, a gente tira no ano que vem, no voto. Não precisamos ficar gritando e quebrando lojas. A gente se articula politicamente e bota outro no lugar dele.
Mais grave, é a questão da mídia, que a gente não elege, que se consolidou durante a ditadura, e que procura sempre manipular as eleições no país, especialmente a Globo, que detêm a hegemonia.
O incrível é que a burguesia carioca, e a própria mídia, preferem manifestações dos “coxinhas”, que eles conseguem manipular facilmente, mesmo que resultem em situação de quase guerra civil, do que os nossos peculiares e inteligentes protestos, estes sim, criativos, tranquilos, mas absolutamente revolucionários em seus objetivos!
Tenho certeza que milhões de brasileiros, espalhados por todos os rincões do país, teriam orgulho de estar presentes. E o velho Leonel, lá onde ele está, deu uns sorrisos maliciosos…
Assista também ao vídeo!
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